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Em dia de alívio, Vale puxa alta de 2,96% na Bolsa
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RIO, BERLIM e LONDRES. Embora investidores de todo o mundo aguardem o anúncio de um plano de combate à crise da dívida na zona do euro apenas para amanhã, o otimismo tomou conta dos mercados ontem, depois que parlamentares alemães indicaram que o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (Feef) aumentará de 440 bilhões para 1 trilhão. Em outra frente, dados positivos sobre a atividade econômica na China valorizaram as matérias-primas, e as ações do setor de mineração e siderurgia, com destaque para a Vale, ajudaram a puxar a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) para cima. O Ibovespa subiu 2,96%, aos 56.891 pontos, maior nível desde 19 de setembro. Já o dólar comercial recuou 1,57%, a R$1,752 na venda. Em outubro acumula queda de 6,91%.
Na Europa, os pregões foram mais instáveis, mas fecharam em alta. Londres subiu 1,08%, Paris ganhou 1,55% e Frankfurt cresceu 1,41%. O viés positivo foi fortalecido após a abertura das bolsas nos EUA, com alta impulsionada pela divulgação de resultados corporativos positivos. Em Wall Street, Dow Jones subiu 0,89%, o S&P; 500 avançou 1,29% e Nasdaq, 2,35%.
— Pelo que está colocado até agora, é de se esperar algo positivo — diz o diretor de varejo da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira.
Preços de commodities ajudam ações de Vale, CSN e Gerdau
As incertezas na Europa, no entanto, perduram. Estudos realizados por empresas sugerem que a região já estaria em recessão. Os principais pontos são como e em que medida o Feef será ampliado, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) participará da ajuda, como o sistema financeiro europeu será blindado e como a dívida da Grécia será renegociada. Ontem, a chanceler alemã, Angela Merkel, buscou apoio parlamentar em seu país para aprovar o aumento do poder de fogo do Feef. Jürgen Trittin, do Partido Verde, disse que a elevação do fundo, que poderá chegar a 1 trilhão, será por meio de uma alavancagem, com garantia parcial para investidores, além da criação de um instrumento especial para captar recursos.
Na China, o Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) para a atividade industrial, medido pelo banco HSBC, subiu de 49,9 em setembro para 51,1, em outubro, de acordo com dados são preliminares. Isso ajudou a puxar para cima os preços das commodities produzidas no Brasil, contribuindo para alavancar as ações das empresas do setor.
— O foco da alta na Bolsa foi nos setores de mineração e siderurgia — diz Felipe Casotti, gestor da Máxima Asset Management.
O destaque do pregão ficou com a Vale. Vale PNA (preferencial, sem direito a voto) avançou 5,94%, a R$40,12, enquanto Vale ON (ordinária, com voto) saltou 5,92%, a R$42,95. No setor de siderurgia, CSN ON ganhou 6,33%, a R$14,94, e Gerdau PN teve alta de 4,07%, a R$14,31. Petrobras PN subiu 2,65%, a R$19,78.
(*) Com agências internacionais
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