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USDA eleva oferta de milho na China e derruba Chicago

Veículo: Valor Econômico
Seção: Agronegócios
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A produção chinesa de milho em alta fez o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevar em seu relatório de outubro, divulgado ontem, a estimativa de produção e estoque final do grão no mundo. Nem mesmo a confirmação de queda na safra americana de milho conseguiu impedir a desvalorização da commodity na bolsa de Chicago (CBOT) ontem.

O órgão americano aumentou em quase 6 milhões de toneladas a expectativa de produção mundial de milho, na comparação com a estimativa de setembro. Assim, a safra global poderá alcançar 860,09 milhões de toneladas, com aumento forte na China, cuja colheita deve saltar para 182 milhões de toneladas, ante as 178 milhões de toneladas previstas em setembro.

O relatório também ampliou a previsão para a safra 2011/12 de milho da Ucrânia, para 21 milhões de toneladas. O número é 3 milhões de toneladas superior ao estimado pelo USDA em setembro.

Diante da sombra da safra chinesa, o USDA também previu queda nas exportações americanas de milho em cerca de 1 milhão de toneladas na comparação com a estimativa de setembro. O órgão estima agora que os Estados Unidos vão exportar 40,64 milhões de toneladas.

Com isso, o contrato do milho com vencimento em março desvalorizou-se 4,75 centavos de dólar na bolsa de Chicago, com a commodity fechando a US$ 6,5275 o bushel.

Na mesma linha, o USDA previu também que os estoques mundiais de trigo ao fim da temporada 2011/12 vão subir para 202,37 milhões de toneladas, acima das 194,59 milhões de toneladas estimadas no relatório de setembro. O aumento virá da maior produção na Austrália e da União Europeia, além do Casaquistão.

No total, o USDA elevou a perspectiva de produção mundial de trigo das 678,12 milhões de toneladas previstas em setembro para 681,20 milhões de toneladas nesse relatório de outubro. Na bolsa de Chicago, o trigo para março recuou 31,75 centavos de dólar fechando a US$ 6,6325 o bushel. Em Kansas, onde se negocia o cereal de melhor qualidade, o mesmo vencimento teve queda mais amena, de 18,50 centavos de dólar, encerrando o pregão a US$ 7,275 o bushel.

No caso do algodão, o USDA previu exportação menor dos Estados Unidos, e produção e estoques mundiais maiores. Por isso, a commodity caiu abaixo de US$ 1 no pregão de ontem na bolsa de Nova York. Os papéis para março fecharam a 97,98 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 275 pontos. (FB)



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