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Multinacionais investem de olho na expansão da indústria local

Veículo: DCI
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Na contramão da crise internacional, a expansão da economia brasileira tem levado empresas do segmento de controle de fluidos e processos industriais a anunciar investimentos cada vez mais elevados no desenvolvimento de novas tecnologias. Nesse grupo, estão Festo, Parametric Technology Corporation, Gemü, Ebro Stafsjö Valves e Bürkert, que juntas têm planos de realizar aportes de olho nos desembolsos de R$ 614 bilhões que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promete para este ano no setor produtivo brasileiro até 2014.

Essa perspectiva de crescimento tem como base o aumento do poder de compra do brasileiro e a estabilidade da economia do País durante a crise de 2008. O setor passa a receber mais investimentos para continuar a expansão e permitir ao Brasil destacar-se internacionalmente e se tornar uma potência não apenas na exportação de matéria prima e commodities, mas também de tecnologia.

A Festo, por exemplo, é uma multinacional alemã com faturamento de aproximadamente US$ 1,8 bilhão, e investe 9,5% deste total no desenvolvimento de novos produtos. Segundo o diretor de Marketing e Novos Negócios da empresa, Carlos Padovan, "o investimento em pesquisa e desenvolvimento é fundamental para que possamos permanecer na vanguarda e continuar a incentivar a geração de mercado futuro".

Outro gigante do setor que também aposta na constante atualização tecnológica é a PTC - Parametric Technology Corporation. A companhia, que tem faturamento anual de US$ 1,1 bilhão, e investe de US$ 250 a US$ 300 milhões em pesquisa e desenvolvimento, apresentou recentemente uma solução de gestão que demandou investimentos de cerca de US$ 100 milhões - o maior volume de recursos já aplicados pela companhia na versão de um produto.

Mesmo empresas que faziam investimentos mais baixos no desenvolvimento de novas tecnologias aumentam os aportes para apresentar produtos e soluções que acompanhem o rápido desenvolvimento do mercado. É o caso da Gemü, que até o ano passado investia cerca de 2% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento e hoje ampliou a área, que passa a receber de 5% a 10% do faturamento total da empresa. Outras empresas do setor também destinam boa parte de suas receitas ao desenvolvimento de novas tecnologias, como a Ebro Stafsjö Valves do Brasil, que investe 10% a 12% do faturamento na área e a Bürkert, que manteve os investimentos em 5,5%, mesmo no ano da crise.

E não são apenas as empresas privadas que buscam o desenvolvimento da indústria. Do valor de desembolsos do BNDES, a maior parte (61,5%) será destinada ao setor de Petróleo e Gás, seguido pelo segmento de Extrativa Mineral (10,2%), Química (6,5%), Veículos (5,4%), Siderurgia (5,3%), Eletroeletrônica (4,8%), Papel e Celulose (4,5%) e Têxtil e Confecções (1,9%).

O aumento no volume de investimentos em relação ao período de 2006 a 2009, quando a indústria recebeu R$ 387 bilhões, é de 59%, ou 9,7% ao ano.


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