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Setembro fecha com superávit de US$ 8,4 bi em ingresso de dólar

Veículo: DCI
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No mês passado, o superávit cambial ficou em US$ 8,484 bilhões, 104,19 por cento a mais do que os US$ 4,155 bilhões registrados em setembro, mostraram dados do Banco Central (BC) nesta quarta-feira. No ano, o fluxo está positivo em US$ 68,298 bilhões.

Nas duas últimas semanas do mês, o fluxo ficou negativo em US$ 31 milhões. Só nos últimos sete dias úteis, contudo, o saldo ficou negativo em US$ 1,556 bilhão, refletindo principalmente a aversão ao risco internacional, evidenciados pelos problemas de dívida na Europa e às preocupações com a recuperação dos Estados Unidos.

Na semana passada, os recursos voltaram a entrar, mas com pouca força: o saldo ficou positivo em US$ 400 milhões.

O temor de que o mundo mergulhe numa nova crise financeira também provocou a reversão das posições de bancos no mercado à vista, que passaram a ficar comprados em US$ 1,296 bilhão.

É a primeira vez desde março de 2010 que as instituições sustentam posições a favor da valorização do dólar. Em agosto, as instituições tinham posições vendidas de US$ 6,257 bilhões.

Depois da leve queda registrada na véspera, o dólar balcão engatou um movimento firme de baixa e encerrou cotado a R$ 1,8360, baixa de 2,81%. Foi o maior declínio percentual desde 23 de setembro, quando a moeda norte-americana recuou 3,56%. Se a queda surpreendeu os investidores, os motivos nem tanto.

O start para a valorização do real foi dado no dia anterior, quando os ministros de Finanças da União Europeia informaram que estão tentando coordenar a recapitalização das instituições financeiras da região. Ontem, Angela Merkel afirmou que a Alemanha está preparada para se mover para a recapitalização. "Nós precisamos ter critérios e estar preparados para implementar uma decisão rapidamente, e se precisarmos discutir sobre isso na cúpula, então iremos discutir".

Na mínima, o dólar balcão atingiu R$ 1,8250 e, na máxima R$ 1,8600. Na BM&F, o dólar pronto fechou em queda de 3,41%, a R$ 1,8285. Na máxima, a moeda na BM&F atingiu R$ 1,85437 e, na mínima R$ 1,8239. Para o gestor de investimentos da Lecca Financeira Georges Catalão, a recapitalização dos bancos, sugerida pela UE, é uma medida paliativa que visa evitar um mal maior. "No curto prazo, se a recapitalização for aprovada, ajuda a reduzir a pressão do câmbio, mas não resolve. Essa medida visa evitar um mal maior. Se houver default na Grécia o setor bancário entra em colapso", disse Catalão.


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