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Alemã Lanxess fará aporte de R$ 75 mi em fábricas no Brasi

Veículo: DCI
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De olho nas constantes expansões do mercado automobilístico brasileiro nos últimos anos e no potencial dele, a alemã Lanxess decidiu investir R$ 75 milhões no País. O aporte inclui a construção de duas fábricas na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, além da adequação de uma unidade localizada em Triunfo, no Rio Grande do Sul, para produção de borracha feita com base biológica (etileno derivado da cana-de-açúcar, mais conhecido como plástico verde). Os três projetos, porém, devem atender não só a demanda da indústria automotiva local como mundial e entrarão em operação até meados de 2013.

"Estamos fazendo grandes investimentos que vão garantir nossa participação no sucesso atual e futuro da economia brasileira", afirmou o presidente do Conselho de Administração da Lanxess, Axel Heitmann.

Em Triunfo, a previsão é de produção de EPDM (monômero de etileno-propileno-dieno), uma espécie de borracha sintética, a partir de eteno verde a ser fornecido pela Braskem.

O material produzido pela petroquímica brasileira em Triunfo será entregue via gasoduto para a Lanxess e, a partir de novembro, o grupo alemão passará a produzir a primeira borracha de EPDM de base biológica do mundo. A participação do produto verde será equivalente a até um quarto da capacidade de 40 mil toneladas da fábrica, que receberá um aporte total de R$ 5 milhões.

Os projetos em Porto Feliz entrarão em operação entre 2012 e 2013 . O primeiro, voltado à produção de borrachas e bladders (também usados na indústria automotiva), começará a produção no quarto trimestre de 2012, com capacidade anual de 2 mil toneladas de borracha por ano e 170 mil bladders. Os investimentos somarão R$ 25 milhões. A segunda unidade será responsável pela produção de plásticos de engenharia de alta tecnologia. Os investimentos previstos chegam a quase R$ 50 milhões para a produção de 20 mil toneladas anuais do produto. As operações estão previstas para começar em meados de 2013.

Os recursos representam mais uma etapa do processo de expansão da companhia alemã no Brasil desde a compra da Petroflex, no final de 2007, concluída em 2008. Nesses quase quatro anos, a companhia anunciou investimentos na expansão das unidades de Porto Feliz e Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, a construção de uma usina de co- -geração no complexo paulista, a compra de ativos da DSM Elastômeros, incluindo a fábrica de EPDM instalada no Rio Grande do Sul.

Como resultado desses investimentos, a participação brasileira nos negócios da companhia, que era inferior a 1% há sete anos, agora supera a casa dos 10%, com vendas de 701 milhões de euros. "Nossa receita no segundo primeiro trimestre foi da ordem de 228 milhões de euros, um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, e estamos no caminho para outro recorde em 2011", afirmou Heitmann.

No acumulado do primeiro semestre a receita acumula crescimento de 25% em relação ao ano passado, acrescentou o presidente da empresa no Brasil, Marcelo Lacerda.

Heitmann destacou ainda que a Lanxess continua atenta a oportunidades de aquisições no Brasil. A América Latina responde hoje por 14% dos negócios da Lanxess e o Brasil é o principal mercado da região, tendo suas vendas distribuídos entre mercado interno e mercado externo na proporção de 60% e 40%, respectivamente.

"O Brasil desempenha um papel fundamental na estratégia da empresa para os BRICS [grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e deve contribuir com nossa meta de atingir 1,4 bilhão de euros de geração de caixa em 2015", complementou o executivo, lembrando que esses mercados já respondem por um terço do resultado da companhia e são considerados prioritários nos planos de negócios da Lanxess.

"Só na China temos registrado crescimento na casa dos dois dígitos por quase quatro décadas e no Brasil a expansão também tem sido bastante satisfatória", afirmou o presidente mundial.

Parceria

A parceria com a brasileira Braskem é considerada importante para a produção do produto verde da Lanxess. Segundo Marcelo Lacerda, a companhia alemã é uma grande cliente da Braskem, que por sua vez é grande "cliente" da Petrobras. "E quando empresas assim se juntam é sempre em um programa de longo prazo", acrescenta.

Líder mundial em borrachas sintéticas, a Lanxess registrou vendas globais de 7,1 bilhões de euros em 2010. Atualmente conta com 15,8 mil funcionários distribuídos em 30 países. Atualmente, a companhia mantém 46 unidades produtivas ao redor do mundo. No Brasil, a companhia mantém 13 unidades, sendo 5 fábricas, além de laboratórios e escritórios distribuídos pelas cidades de São Paulo, Porto Feliz (SP), São Leopoldo e Triunfo (RS), Duque de Caxias (RJ), Cabo de Santo Agostinho e Recife (PE).


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