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Vendas sobem 9,7% no ano e já somam R$ 52,8 bilhões

Veículo: DCI
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O setor de bens de capital encerrou o mês de agosto com um aumento de 3,8% do faturamento bruto em relação ao mês anterior, chegando a R$ 7,06 bilhões. No acumulado do ano, a receita foi de R$ 52,8 bilhões, o equivalente a um aumento de 9,7% em comparação a igual período do ano passado.

O chefe-de-gabinete da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Lourival Franklin Júnior, pondera que esse crescimento em relação a 2010 é relativo porque o ano passado foi considerado ruim para a indústria de máquinas.

O que não anda bem no setor de máquinas e equipamentos é a balança comercial. No acumulado de 2011, as exportações somaram R$ 7,49 bilhões, aumento de 32,3% em relação ao mesmo período de 2010. As importações nos oito primeiros meses deste ano, porém, alcançaram R$ 19,6 bilhões, crescimento de 26,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Com isso, o déficit na balança comercial chegou a R$ 12,1 bilhões.

"Produzir no Brasil é 43% mais caro do que em países como Alemanha e EUA", destaca Franklin Jr. Ele afirma ainda que a perda da competitividade não é só para a China. De acordo com o executivo, "o Brasil não é competitivo como um todo". A China é o maior responsável pelos volumes de importações de máquinas e equipamentos para o Brasil. Os Estados Unidos são o primeiro do ranking de importação em valores para o País.

Ainda segundo dados da Abimaq, os destaques no acumulado do ano ficaram para os segmentos de máquinas para madeira (63,5%), agrícolas (25,2%) e hidráulica e pneumática (14,6%).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor atingiu 83,1% em agosto, ante 83,7% no mesmo mês de 2010. O emprego em agosto em comparação ao mês de julho teve ligeira alta de 0,1%.

Crise global

Franklin Jr. afirma que a Abimaq vê a turbulência econômica com cautela. "As oportunidades existem, mas torcemos para que o câmbio aumente ainda mais", diz.

O executivo ressalta que o governo precisa acertar nas medidas para que o setor não precise frear os investimentos. "O mundo todo defende a sua indústria. O Brasil não pode ter medo de fazer o mesmo", avalia.


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