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Perdas e ganhos

Veículo: O Globo
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A trilha sonora do aumento do IPI para os importados de fora do Mercosul e do México pode ser embalada por Maysa. Mas o mundo vai cair mesmo para o consumidor. A boa notícia é que as marcas vão diluir o reajuste do imposto no preço dos automóveis. Não que os importadores sejam bonzinhos. Mas eles sabem que um aumento entre 25% e 30% no preço final vai espantar a clientela. Por esta razão, especialistas apostam que o reajuste deve ser de 10% a 15%. — As marcas vão buscar alternativas. Ou mexem pouco no preço e continuam vendendo ou param de vender — diz Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive. As alternativas incluem negociações com matrizes e redes. Isso sem falar em cortar na própria carne. Ou seja, reduzir as margens de lucro. — O pior cenário seria deixar cair as vendas abruptamente a ponto de comprometer a rede — alerta José Luiz Gandini, presidente da Kia e da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores. Estreante pé-frio Pelas contas, com os estimados 25% sobre os importados, a recém-lançada segunda geração do Kia Picanto iria de R$34.900 para R$43.600. Se o reajuste for absorvido em parte, o compacto pode subir para cerca de R$40 mil. Nas fabricantes mais sofisticadas, os efeitos devem ser mais sentidos nos carros de entrada — aqueles mais “baratos”. Um Audi A3 Sportback saltaria dos atuais R$121 mil para R$151.250. — Nos automóveis mais caros, a tendência é que o cliente arque com esse impacto — diz Leandro Ratonile, diretor de marketing e vendas da Audi. A palavra aumento não chegará tão cedo à badalada JAC. Em nota oficial, a chinesa jura que não vai repassar qualquer reajuste.


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