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Crise internacional foi um dos principais motivos para a redução da Selic

Veículo: Correio Braziliense Online
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A crise econômica internacional foi um dos principais motivos apontados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) para a redução da Selic, de 12,5% para 12% ao ano. Foi a primeira redução do ano, o que surpreendeu a maioria dos analistas de mercado, ouvidos pela pesquisa Focus do BC, que apostavam na manutenção da taxa.


Ao contrário das notas sucintas, tradicionalmente divulgadas ao término de cada reunião, o Copom emitiu nesta quarta-feira (31/8) uma nota extensa na qual comenta a deterioração do cenário econômico internacional, que, na visão do colegiado, levará a reduções de grande magnitude das projeções de crescimento dos principais blocos econômicos.

O colegiado de diretores do BC avaliou que o cenário internacional “manifesta viés desinflacionário no horizonte relevante” e, dessa forma, podendo afetar a economia brasileira “por intermédio de diversos canais”. Dentre esses canais, o colegiado citou a redução da corrente de comércio, a moderação do fluxo de investimentos, condições de crédito mais restritivas e piora na confiança de consumidores e empresários em relação à economia.

O comitê entende, ainda, que a complexidade que cerca o ambiente internacional contribuirá para “intensificar e acelerar o processo em curso de moderação da atividade doméstica, que já se manifesta, por exemplo, no recuo das projeções para o crescimento da economia brasileira”. Dessa forma, o Copom acrescenta, na nota, que “o balanço de riscos para a inflação se torna mais favorável em horizonte relevante.”

Nesse contexto, o Copom ressalta que “um ajuste moderado” no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012. O colegiado, no entanto, ressalta que continua a monitorar atentamente a evolução do ambiente macroeconômico e os desdobramentos do cenário internacional para, então, definir os próximos passos em sua estratégia de política monetária.

O Copom entende que “aumentaram as chances de que restrições às quais estão expostas diversas economias maduras se prolonguem por um período de tempo maior do que o antecipado”. O comitê nota ainda que, “nessas economias, parece limitado o espaço para utilização de política monetária e prevalece um cenário de restrição fiscal”.



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