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Atividade industrial começa a dar sinais de arrefecimento efetivo

Veículo: DCI
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São Paulo - O indicador de nível de atividade (INA) da Federação das Indústrias do estado de São Paulo (FIESP) apresentou um pequeno crescimento de 0,3% em julho em relação a junho, considerando o ajuste sazonal. No acumulado até julho, o crescimento também foi modesto, em torno de 2,5%. Os dados levantados pela entidade já indicam o arrefecimento da atividade industrial paulista. - Porém, o problema é que estes mesmos dados demonstram que as expectativas de crescimento da atividade industrial caíram dos 3,5% em janeiro para os 2,5% registrados até julho.

"A expectativa de crescimento do INA é a segunda mais baixa desde 2004, perdendo apenas para 2009 por causa dos efeitos da crise econômica mundial", afirma o diretor do departamento de economia da Fiesp, Paulo Francini.

Segundo ele, mesmo com o baixo nível de desemprego, o aumento dos salários e das vendas a situação da indústria de transformação é preocupante. Isso pode ser traduzido pelo aumento de 7,5% das vendas no acumulado do ano, enquanto a utilização da capacidade instalada se mantém em 83% desde junho de 2010. "Isso demonstra o papel cada vez mais forte dos importados."

A Fiesp também revisou o INA de junho, em relação a maio. Pela série com ajuste, o saldo negativo passou de 0,1% para 0,4%. A leitura sem ajuste foi de menos 0,9% em junho para menos 1,5%.

A entidade revelou ainda que o Sensor realizado junto às indústrias paulistas em relação ao mês de agosto, composto por um índice que vai de 0 a 100 pontos (considerado positivo acima dos 50) demonstrou um cenário pessimista. O índice de 47 pontos é o menor desde dezembro de 2010.

O diretor lembra que isso é preocupante, pois o período de agosto a setembro geralmente é marcado pelo otimismo e o crescimento da produção.

Celulose

Na comparação de julho com junho, coube ao segmento de celulose, papel e produtos de papel o pior desempenho no INA, com queda de 0,6% com a sazonalidade, e de 3,7% sem ela, e uma diminuição de 7,5% nas vendas.

Já o setor de artigos de borracha e plástico, teve o melhor desempenho ao crescer 2,7% sem o ajuste sazonal e 1,6% com ele, e alta de 5,2% nas vendas. Tudo isso puxado pelo momento de seus três maiores mercados consumidores, a construção civil, a indústria de alimentos, e de automóveis.


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