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Preço de exportação evita déficit comercial

Veículo: Valor Econômico
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Medida da relação entre preços de exportação e importação, os termos de troca brasileiros voltaram a atingir o nível recorde em julho, ao subir 0,5% em relação ao mês anterior, acumulando crescimento de 11,2% no ano. A alta do indicador se deve ao aumento mais forte das cotações de produtos vendidos no exterior do que dos bens comprados pelo país, amparado principalmente pelo avanço das commodities em 2011. De janeiro a julho, os preços de exportação subiram 27,3% em relação aos sete primeiros meses do ano passado. No mesmo período, as cotações da importação subiram 14,5%. Os números são da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex).

Os ganhos de termos de troca têm garantido bons números para a balança comercial, apesar do crescimento expressivo das importações. Nos 12 meses até julho, o saldo é de US$ 26,4 bilhões, segundo números com ajuste sazonal da Quest Investimentos. A maior alta é dos preços de produtos básicos, que subiram 42,6% no ano.

O grande destaque é o minério de ferro, cujas cotações aumentaram 63,5% de janeiro a julho. No segmento de agricultura e pecuária, onde se encontra a soja, os preços avançaram 37,2% no período.

Para ter uma ideia da importância dos termos de troca para a balança, a Quest faz uma estimativa de quanto seria o saldo comercial em 12 meses se os preços de exportação e importação estivessem na média do período 1980 a 2010. Em vez de um saldo de US$ 26,4 bilhões, haveria um rombo de US$ 24,6 bilhões.

A alta de preços de exportações não se limita aos produtos básicos. As cotações dos bens manufaturados, por exemplo, subiram 13,8% nos sete primeiros meses do ano. Os preços de máquinas e equipamentos aumentaram 9,6% no período e os dos têxteis, 26,1% - nesse caso, um reflexo do aumento expressivo do algodão no mercado internacional, ainda que as cotações desse produto mostrem alguma reversão nos últimos meses.

A alta dos preços de importação é mais contida. Os preços das compras externas de bens de capital aumentaram 4,7% de janeiro a julho, enquanto os de bens duráveis (como automóveis e eletroeletrônicos) subiram 5,8%. O que puxa a média para cima são as cotações dos combustíveis, que avançaram 38,6%.



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