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Vendas totais da indústria cearense retraem 1,62%

Veículo: DCI
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FORTALEZA - As vendas totais da indústria de transformação cearense apresentaram queda real de 1,62% em relação a maio. A retração é resultante da alta base de comparação com igual período do ano passado, quando a recuperação da crise econômica mundial gerou taxas de crescimento incomuns no primeiro semestre de 2010. Os setores de vestuário e minerais não metálicos não foram atingidos, apresentando expansão no faturamento de 48,53% e de 10,56%, respectivamente.

Os dados são parte dos Indicadores Industriais de junho – pesquisa realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (INDI), órgão da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O estudo revela que a indústria de transformação cearense apresentou sinais de retração de suas atividades nos quesitos vendas, pessoal empregado, horas trabalhadas, massa salarial, exportações e utilização da caacidade instalada.

Um quadro parecido foi também observado quando se comparam os números de junho deste ano com junho do ano passado, registrando queda nas variáveis citadas, com exceção das exportações de produtos industrializados.

Conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e comércio exterior (MDIC), as exportações cearenses de produtos industrializados, em junho, alcançaram 71,2 milhões de dólares, representando decréscimo de 6,45% em relação ao valor comercializado em maio. Porém, em relação a junho do ano passado, foi registrada elevação de 10,85%.

No acumulado do primeiro semestre de 2011, foram exportados pela indústria cearense 437,25 milhões de dólares, valor que supera em 2,53% o montante vendido em igual período do ano passado. As exportações do setor industrial representaram 71,64% do comércio exterior do estado no primeiro semestre.

Em junho, a indústria de transformação cearense apresentou ligeiro decréscimo na variável pessoal total empregado, em comparação com o mês imediatamente anterior. As horas trabalhadas declinaram 4,20% em relação ao mês de maio, um reflexo do número inferior de dias úteis no mês e pela queda tanto na utilização das máquinas como no número de funcionários.

A massa salarial real apresentou redução real de 1,61% frente aos números de maio, acompanhando o comportamento das horas trabalhadas. Outro indicativo de queda da produção cearense foi a variação negativa apresentada na variável utilização da capacidade instalada, que alcançou 83,59% em junho, inferior ao índice obtidos em maio (83,80%), mas ainda bastante inferior ao indicador apresentado em junho do ano passado (90,86%).

Os setores de vestuário e minerais não metálicos, por sua vez, apresentaram índices de utilização de sua capacidade produtiva superiores a 90%, indicando uma elevada utilização das máquinas. No acumulado de janeiro a junho deste ano, em comparação a igual período do ano passado, observa-se um panorama negativo para a indústria manufatureira cearense, com praticamente todas as variáveis pesquisadas registrando variações negativas.

Embora o resultado esteja relacionado à alta base de comparação, uma vez que a recuperação dos efeitos da crise econômica mundial gerou taxas de crescimento incomuns no primeiro semestre de 2010, é preocupante a tendência declinante da indústria cearense, apresentada desde fins do ano de 2010.


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