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Commodities Agrícolas

Veículo: Valor Econômico
Seção: Agronegócios
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Turbulência global Os preços futuros do açúcar tipo demerara caíram para o menor patamar em cinco semanas na bolsa de Nova York. Os contratos para entrega em março fecharam em queda de 59 pontos, cotados a 25,95 centavos de dólar por libra-peso. Segundo analistas ouvidos pela Bloomberg, o temor de uma diminuição na demanda global em caso de recessão e a previsão de aumento na oferta pesaram sobre as cotações. "Os europeus estão olhando para uma grande safra", disse Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group em Chicago. "Na esfera macroeconômica, há o temor de que uma recessão nos Estados Unidos possa colocar pressão sobre as commodities", observou. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq recuou 0,40%, para R$ 68,90 por saca.
Ladeira abaixo Em linha com as demais commodities, os preços do café arábica caíram ontem no mercado futuro de Nova York. Os contratos com vencimento em dezembro fecharam em baixa de 395 pontos, cotados a US$ 2,3795 por libra-peso. As cotações do café são as mais baixas em seis meses e meio, e refletem não apenas as turbulências do mercado financeiro, mas também os fundamentos de curto prazo. O avanço da colheita no Brasil e o verão no Hemisfério Norte aliviaram as pressões que fizeram disparar os preços desde o fim do ano passado. No entanto, o equilíbrio entre oferta e demanda mundiais ainda é apertado, o que projeta incertezas em relação à próxima safra. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq fechou em queda de 0,27%, a R$ 442,85 por saca.
Liquidação em NY O preço do suco de laranja concentrado e congelado recuou ontem para o menor patamar desde 11 de maio no mercado futuro de Nova York. Os contratos para entrega em novembro terminaram o pregão cotados a US$ 1,6635 por libra-peso, uma desvalorização de 790 pontos. Nas últimas quatro sessões, o preço da commodity desabou 15%. Além do cenário sombrio no mercado financeiro, que provocou liquidações em praticamente todos os ativos de risco, as perdas também estão associadas ao clima. A notícia de que a tempestade tropical Emily não ameaçava os pomares da Flórida abriu caminho para uma liquidação. No Brasil, o preço médio da laranja pera pago ao produtor de São Paulo ficou estável em R$ 10,49 por caixa.
Nem a seca salva Nem mesmo a preocupação com o tamanho da próxima safra americana, castigada pela estiagem, conseguiu sustentar os preços futuros do algodão, ontem. Em Nova York, os contratos da pluma registraram a maior queda em três semanas. Os papeis para dezembro desabaram 386 pontos, para 97,72 centavos de dólar por libra-peso. "A questão macroeconômica imperou hoje [ontem]", disse Chris Kramedjian, consultor em gerenciamento de risco da FC Stone à agência Bloomberg. A tensão gerada pelo rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos pela Standard & Poor's, no fim de semana, derrubou os preços de praticamente todos os ativos de risco. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq registrou queda de 1,86%, a R$ 1,8672 por libra-peso.


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