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Senadores querem atuação mais efetiva para agronegócio

Veículo: DCI
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A exigência foi feita em audiência pública realizada nesta quinta-feira (4) pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), para discutir a situação dos acordos internacionais que impactam diretamente nas cadeias produtivas do leite, do arroz, do trigo, da carne e do vinho.


Após ouvir exposição de especialistas, que relataram as dificuldades por que vêm passando seus respectivos setores, a autora do requerimento para a realização do debate, senadora Ana Amélia (PP-RS), chegou a dar uma data para que o governo tome uma atitude concreta.

- O dever de casa é do governo. Vamos dar um tempo de duas semanas para acompanhar a evolução do que foi aqui tratado - afirmou a senadora pelo Rio Grande do Sul.

Para Ana Amélia, os especialistas foram claros ao expor suas principais dificuldades: câmbio desfavorável para as exportações, com a desvalorização constante do dólar em relação ao real, e os acordos do Mercosul, que precisam ser revisados para evitar que o alto custo de produção nacional continue a prejudicar a capacidade competitiva brasileira.

Políticas

Na avaliação do vice-presidente da CRA, Waldemir Moka (PMDB-MS), que presidiu a reunião, a audiência desta quinta foi realizada em socorro ao agronegócio brasileiro, que sofre com a falta de políticas de compensação para torná-lo mais competitivo, como ressaltou.

Segundo explicou o senador pelo Mato Grosso do Sul, o agronegócio merece atenção do governo, já que vem, ao longo dos anos, por meio de superávit nas exportações, cobrindo o déficit das transações comerciais.

Waldemir Moka também ressaltou a necessidade de harmonização das políticas comerciais entre os países membros do Mercosul para completar o processo de integração do bloco. Defendeu ainda a contemplação do agronegócio no "Plano Brasil Maior", lançado na última quarta-feira (3) pelo governo federal para fortalecer a indústria brasileira.

Para o senador Sergio Souza (PT-PR), o maior problema do agronegócio está na desvalorização do dólar, que gera um custo em cadeia, favorecendo as importações e tornando, assim, o mercado brasileiro menos competitivo.

- Temos, com isso, menos lucro e pouco incentivo para produzir. È preciso uma ação do governo federal - afirmou Sérgio Souza.

"Adidos"

Para melhorar a política de exportação brasileira, o senador Antônio Russo (PR-MA) sugeriu que algumas embaixadas brasileiras tenham "adidos da empresa privada".

Já Casildo Maldaner (PMDB-SC) sugeriu estimular o cooperativismo entre pequenos produtores, para agregar mais renda às pequenas propriedades e garantir também uma produção com sustentabilidade, "para que o país possa competir não só internamente, mas também no cenário mundial". 



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