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Brasil teria mais desemprego com calote norte-americano

Veículo: DCI
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Depois do impasse que durou mais de um mês, o Senado norte-americano aprovou a proposta de elevação do limite de endividamento do país, atualmente de US$ 14,3 trilhões. Com a elevação do teto da dívida, acabam os temores sobre um calote dos Estados Unidos, que deixou muitos analistas financeiros preocupados. De acordo com especialistas, o Brasil poderia ser afetado se o Congresso norte-americano não tivesse aumentado o limite de endividamento do país.

Isto porque, grande parte das reservas internacionais brasileiras estão aplicadas em títulos do governo norte-americano. Com um default, o Brasil perderia condições de resistência à crise internacional. "A nossa redução de vulnerabilidade foi alcançada por meio da construção de uma reserva de mais de US$ 300 bilhões e que está muito posicionada nestes papéis norte-americanos", afirma o diretor do instituto de pesquisas Fractal, Celso Grisi.

De acordo com o economista, um calote dos Estados Unidos poderia influenciar no preço das commodities no Brasil, trazendo mais risco de inflação para o País. "Tudo isto acaba trazendo uma pressão inflacionária de grandes proporções para a economia brasileira" diz.

Os preços mais caros também poderiam fazer com que a economia crescesse menos e a oferta de emprego fosse menor.

Segundo o diretor da Fractal, Grisi, com menos emprego, os ganhos reais de renda verificados nos últimos anos teriam uma redução considerável.

Por fim, para tentar conter o avanço dos preços, o Governo teria que promover aumento da taxa de juros, o que ocasionaria o encarecimento do crédito e provocaria mais inadimplência.

O professor do Ibmec, Creomar de Souza, ressalta que um calote da dívida dos Estados Unidos também poderia prejudicar as empresas que exportam para aquele país.

"Uma moratória do governo norte americano poderia fazer com que a importação de produtos para aquele país fosse reduzida. Essa retração poderia afetar o faturamento das empresas exportadoras aqui no Brasil e inclusive gerar desemprego", afirma.


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