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Veículo: O Globo
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O pacotaço de política industrial anunciado ontem pelo governo agradou autoridades fluminenses. O conjunto de medidas pode elevar a competitividade das empresas e incrementar a boa maré da economia local. Secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno destaca a desoneração do setor de confecções, no qual o Rio tem presença forte, tanto na Serra quanto na Região Metropolitana.

Também recebeu elogios o longo trecho dedicado à defesa comercial. “Sem ferir as regras da OMC, está claro que o Brasil precisa defender seu mercado, suas empresas. Há indústrias fluminenses enfrentando sérias dificuldades por causa da concorrência desleal de estrangeiros”, diz. Por fim, pode fazer bem ao estado a ênfase do pacote federal nas áreas de inovação e pesquisa e desenvolvimento. É que o Rio foi escolhido para abrigar centros de P&D; de gigantes como GE, Siemens, Halliburton, Schlumberger.

Em óleo e gás, só no primeiro trimestre, os investimentos das concessionárias em pesquisa e capacitação profissional somaram R$240 milhões. Os recursos vêm de 1% do lucro dos campos gigantes. Florival Carvalho, diretor da ANP, diz que este ano a arrecadação será recorde, por causa do campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. O Rio fica com 39% dos recursos; São Paulo com 19%.