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Dilma rejeita combate à inflação se o preço for crescimento zero

Veículo: DCI
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Dilma rejeita combate à inflação se o preço for crescimento zero

A presidente Dilma Rousseff afirmou que a economia brasileira está fazendo um "pouso suave" e não aceita a dicotomia entre controle da inflação e crescimento. "Uma política de curto prazo, nessa seara, seria o pior dos mundos, pois teria efeito danoso para a economia. Não queremos inflação sob controle com crescimento zero", disse a presidente.

Ao lhe ser perguntado se trabalharia para levar a inflação a 4,5% em 2012, a qualquer preço, "Estamos fazendo o chamado pouso suave, com taxa de crescimento adequada para o País. Não vamos derrubar o crescimento da economia a ponto de não termos o mecanismo da estabilização", disse.

Com uma ponta de preocupação em relação ao cenário internacional, Dilma afirmou que o Banco Central "está correto" ao usar a política de taxa de juros para domar a inflação. "Chova ou faça sol, estamos vendo os efeitos da crise na Europa e a questão do teto da dívida pública [dos Estados Unidos] sobre nossa economia, porque isso é da nossa responsabilidade. Quando percebermos qualquer ameaça, tomaremos medidas duras", frisou.

Dilma destacou que o governo continuará o processo de "consolidação fiscal" e disse que, por isso mesmo, a inflação está sob controle. Lembrou, ainda, que em cinco meses de governo, de janeiro a maio, o chamado governo central (Tesouro Nacional, BC e previdência) já cumpriu mais da metade da meta fiscal fixada para o ano todo. A presidente concorda que a defasagem na política industrial é um dos gargalos do País. Batizado de "Programa de Inovação do Brasil", será apresentado no dia 2 de agosto. Haverá incentivo para incrementar a exportação de produtos manufaturados.

Na prática, a política industrial será fatiada. A ideia é contornar resistências e impedir que medidas que precisam passar pelo crivo do Congresso fiquem indefinidamente à espera de aprovação.

Além disso, o programa contará com o aumento do conteúdo local, agregação de valor, compras governamentais e política de defesa comercial.

A desoneração da folha de pagamentos não está incluída nesse pacote, e "sai na sequência", de acordo com Dilma.


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