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Dólar a R$1,70?

Veículo: O Globo
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Dólar a R$1,70?

Especialistas em câmbio, como o consultor Natan Blanche, da Tendências, acham que o real poderá até desvalorizar suavemente neste segundo semestre, chegando a R$1,70 por dólar no fim do ano. A razão para isso é que o mercado teria antecipado a entrada de moeda estrangeira na primeira metade de 2011, já prevendo medidas restritivas por parte do Banco Central.

É bem possível que tal antecipação tenha realmente acontecido, dada a enorme diferença entre os fluxos de divisas para o país em 2010 e 2011. Em valor, as exportações estão crescendo mais rapidamente que as importações, o que contribui para elevar o saldo cambial. Mas nas operações financeiras já se espera um resultado ligeiramente negativo.

A Unimed é hoje o maior grupo de planos de saúde no município do Rio, pois atende a 850 mil pessoas. Até dezembro espera chegar a 1 milhão de clientes, dos quais 70% atendidos por planos coletivos e 30%, por planos individuais.

O Rio é o segundo mercado para as operadoras de planos de saúde no Brasil. Cerca de 55% da população do município são atendidos por esses planos.

Para aproveitar o bom momento do mercado carioca, a Unimed resolveu investir cerca de R$200 milhões em um hospital na Barra da Tijuca para atendimentos complexos (inclusive cirurgias no coração) e também em dois centros de pronto atendimento (o primeiro na Barra, e o segundo previsto para outubro, em Copacabana). Com esses centros, a necessidade de internação de pacientes que buscam socorro nas emergências se reduziu de 6% para 1,5%, entre outras razões, por causa da pediatria.

Para doentes crônicos e geriátricos, o grupo vai inaugurar em Botafogo um centro de convivência, que reduzirá significativamente o custo na aplicação de medicamentos (uma economia da ordem de R$300 mil mensais).

O hospital da Barra foi 100% financiado pela Caixa Econômica Federal. O grupo não procura a autossuficiência no atendimento; mas hospitais próprios, assim como os centros de pronto atendimento e possivelmente laboratórios para exames, no futuro, são importantes na avaliação dos custos e dos preços dos serviços prestados.

Errei no nome da ilha que virou uma extensão da cidade universitária (UFRJ), no Fundão: em vez de Boa Viagem, o certo é Ilha do Bom Jesus. Além da igreja do século XVIII, há dois pavilhões gêmeos que o imperador D. Pedro II mandou construir para abrigar inválidos e feridos na Guerra do Paraguai. Descendentes desses combatentes moravam ali ainda no século XX. No local estiveram enterrados o general Osório e outros oficiais que se destacaram na guerra. Há um pequeno atracadouro remanescente, batizado de Cais Princesa Isabel. Todo esse acervo histórico merece e será preservado mesmo com a chegada dos novos centros de pesquisa, que ocuparão terrenos que pertenciam ao Exército. O local pode virar um ponto de visitação turística, por causa do visual da Baía de Guanabara.

Ainda a propósito do parque tecnológico da UFRJ, a Vallourec (antiga siderúrgica Mannesmann), que disputou o último espaço disponível para montar um centro de pesquisas voltado ao petróleo e à energia, poderá concretizar seu plano: a empresa dividirá, com um laboratório da universidade, dos um dos prédios não concluídos. As obras poderão ser retomadas em breve.

O Brasil deve se manter como exportador de bauxita e, principalmente, de alumina, mas está perdendo espaço no mercado internacional de alumínio primário. Bauxita é a matéria-prima, e a alumina, o primeiro estágio industrial da fabricação do alumínio. No segundo estágio, o processo industrial consome muita energia elétrica e, como as tarifas vêm subindo mesmo para a indústria, produzir alumínio primário só se tornou economicamente viável para empresas que geram a própria eletricidade. Cerca de 60% da produção de alumínio eram exportados, e agora essa fatia caiu para 40%. Já se prevê até importações (que só não ocorreram porque o país, felizmente, alcançou elevados índices de reciclagem de materiais e latas de alumínio).

Duas fábricas de alumínio primário, uma em Santa Cruz, no Rio, e outra em Aratu (Bahia), estão paradas. O investimento já está amortizado em ambas, que estão também próximas a dois bons portos. Mas voltariam a funcionar apenas se autoprodutores de energia se interessarem por elas. E, mesmo assim, com algum empurrão de fora.

Se o Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, puser mesmo em prática o que todos os bons especialistas do ramo aconselham, ou seja, só licitar obras com projetos executivos prontos, as empresas de engenharia passarão a ter muito trabalho pela frente. A experiência internacional é pródiga nesse campo. No Japão, leva-se mais tempo no planejamento do que na obra em si. Nos Estados Unidos, bons projetos executivos permitem que a obra se acelere, e a empreiteira ganha um prêmio se conseguir executá-la antes do prazo e abaixo do valor orçado.

A Receita Federal está testando um sistema de computador (com base em suas próprias informações e nas que passaram a ser recebidas desde que assumiu a responsabilidade pela arrecadação da Previdência Social) que identificará os contribuintes pessoas físicas omissos. Ou seja, todos que tinham rendimentos suficientes para apresentar declaração de Imposto de Renda nos últimos três anos e não o fizeram. Por causa da escrituração contábil informatizada, a Receita tem cada vez mais informações das empresas. No ano que vem terá acesso às folhas de pagamento digitais. Ficará cada vez mais difícil escapar do Leão.



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