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Rede Walmart está de olho no Carrefour

Veículo: Correio Braziliense Online
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Rede Walmart está de olho no Carrefour

Diante das especulações de que o Walmart poderá assumir as operações brasileiras do Carrefour, o presidente da varejista norte-americana no Brasil, Marcos Samaha, disse ontem que uma eventual proposta de aquisição só pode ser feita por meio da matriz dos Estados Unidos. Ele afirmou ainda que não prevê compras no mercado nacional em 2011, mas que oportunidades poderão ser analisadas. %u201CFizemos duas aquisições entre 2004 e 2005 muito bem calculadas e estruturadas. Para valer a pena, tem de agregar valor suficiente. Outras compras desse tipo podem ser estudadas no futuro%u201D, observou. Com a rede francesa, o Walmart se tornaria líder no mercado de varejo do Brasil. Mas, certamente, a operação enfrentaria forte resistência nos órgãos de defesa da concorrência, devido à concentração do setor.

Até anteontem, o Carrefour estava em negociações com o Pão de Açúcar, mas a operação foi suspensa depois que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) retirou o apoio de até R$ 4,5 bilhões para a transação. O impasse foi causado pelo principal sócio do Pão de Açúcar, o grupo francês Casino. De acordo com o BNDES, sua intervenção dependia do entendimento de todas as partes envolvidas, mas as condições estabelecidas não foram cumpridas. Além disso, o recuo do banco foi determinado pela própria presidente Dilma Rousseff, que se intimidou com a repercussão negativa em torno da fusão anunciada no fim do mês passado.

Fracasso
A proposta com a união entre o número um e o dois da distribuição no Brasil era criar um grande grupo, que chegaria a um faturamento anual da ordem de R$ 65 bilhões. Agora, se quiser insistir na união, o empresário Abilio Diniz, do Pão de Açúcar, terá de conseguir empréstimos do sistema financeiro privado e, claro, dobrar o seu principal algoz, o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, que, desde o início, deixou claro que a compra do Carrefour não agregaria nada à rede varejista brasileira.

Depois do fracasso nas negociações, a expectativa do mercado foi de que a varejista francesa se aproximasse do Walmart. Com isso, a rede norte-americana, que concentra 400 de suas 560 lojas nas regiões Nordeste e Sul, ampliaria presença no Brasil %u2014 no caso do Carrefour, cerca de 80% das lojas estão no Sudeste. Sem descartar uma possível aquisição da empresa francesa, Samaha tem optado por um discurso polido quando indagado sobre o assunto. %u201CDesde a compra do Bom Preço e do Sonae, em 2006, nosso foco tem sido o crescimento orgânico%u201D, ressaltou.


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