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Algodão: área deve crescer 7,6% em 2011/12

Veículo: O Estado de São Paulo
Seção: Economia
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Algodão: área deve crescer 7,6% em 2011/12

Segundo levantamento feito por consultoria com 400 cotonicultores, plantio estimado é de 1,3 milhão de hectares

A área plantada com algodão deve crescer 7,6% na safra 2011/12, segundo a consultoria Kleffmann. Em estudo feito com 400 cotonicultores, que representam 60% da produção nacional, a empresa estimou a área em 1,376 milhão de hectares. Em Mato Grosso, maior produtor, a área deverá crescer 11%, para 770 mil hectares. Na Bahia, 2.º no ranking, deverá crescer apenas 2%. "A Bahia tem custo de produção 10% a 20% maior que o de Mato Grosso, Goiás e Minas. O crescimento ali é mais lento", diz o executivo-chefe da Kleffmann, Lars Schobinger.

Ele observa que os preços internacionais devem manter-se remuneradores em 2011/12, apesar da perspectiva de a produção mundial superar o consumo pela primeira vez em sete anos. "A próxima safra deve ser menos estimulante que a atual para o produtor. A alta de preços neste ano foi muito forte, e agora eles voltaram para níveis mais próximos da realidade. Ainda assim, o cenário será mais favorável que a média histórica."

Comercialização. No mercado interno a colheita e a baixa demanda pressionam preços. Ao mesmo tempo em que compradores continuam retraídos, produtores aguardam cotações melhores para negociar o excedente da produção. O indicador Cepea/Esalq se mantém abaixo de R$ 2 desde 28/6. Em junho a queda acumulada foi de 17,3% e em julho já ultrapassa perdas de 8%.

A pressão ocorre pela demanda fraca, uma vez que as fábricas contam com estoque. "A liquidez do lado da compra é mais baixa. As fábricas têm estoques maiores de produto acabado, tanto fio como tecido, e estão esperando que o mercado melhore para vender mais", diz uma fonte do setor.

Segundo Fábio Lima de Almeida Melo, da Ceres Consultoria, o produtor está focado em cumprir contratos fechados anteriormente, alguns com preços que chegaram ao dobro dos atuais. "Os produtores não estão preocupados porque fizeram bons negócios de novembro a janeiro. A maioria está só colhendo e entregando a pluma, esperando que em agosto ou setembro os preços voltem a subir para negociar o excedente desta safra."


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