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Veículo: Brasil Econômico
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Dólar cai 1,13% na maior perda desde o início de junho

A corrida pela formação da taxa Ptax é o único evento a gerar alguma maior movimentação no mercado de câmbio nesta sessão. Crise na Grécia mantém operadores em estado de alerta.

As negociações foram encerradas na mínima do dia, em queda de 1,13% frente ao real, a R$ 1,576 para compra e R$ 1,578 para venda.

Esta é a menor cotação da moeda desde o dia 7 de junho (R$ 1,578). A variação representa a maior queda desde 2 de junho, quando a desvalorização foi de 1,86%.

Não fosse a disputa pela formação da Ptax para o começo de agosto, as operações de câmbio teriam sido puro marasmo nesta terça-feira (28/6). Trata-se da última vez em que o volume de operações vai pautar a taxa oficial de negociação da moeda calculada pelo Banco Central.

Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, essa é uma medida que concede transparência aos mercados.

"A Ptax do último dia do mês era usada para liquidar todas as operações de câmbio em curso", explica o especialista. No final do mês, o mercado se movimentava para favorecer os investidores. "Por exemplo, o mercado induzia uma derrubada do dólar no final do mês para favorecer quem está em posição vendida."

É justamente esse tipo de controle que o Banco Central quis tirar do mercado com a mudança de metodologia da formação da Ptax. A partir do próximo mês, a cotação passará a ser formada por consulta ao mercado e não mais por volume de negócios.

 

Europa

Por ora, o mercado deve seguir aproveitando o bom preço no mercado de câmbio. A maior preocupação fica por conta das oscilações que poderão surgir a partir da Grécia, que poderá ou não ter seu pacote de austeridade aceito.

"Enquanto não houver solução da Grécia, o mercado vai ter instabilidades momentâneas", sinaliza Galhardo. Até lá, "fica todo mundo no limbo".

Na atual condição instável, o gerente de câmbio destaca que a maior parte das operações tem sido de curto prazo, passíveis de serem zeradas de um dia para outro. "Tem de ser rápido e rasteiro agora, é uma questão de sobrevivência", justifica.