Veículo: Valor Econômico
Seção: Agronegócios
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Commodities Agrícolas

Ainda o Brasil Os sinais de que a produção brasileira de açúcar será menor do que o inicialmente esperado voltaram a catapultar as cotações da commodity na sexta-feira na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em outubro encerraram a semana negociados a 25,38 centavos de dólar por libra-peso, ganho de 45 pontos em relação à véspera e maior patamar da semana. Segundo a agência Dow Jones Newswires, o mercado ainda aguarda a decisão final sobre o corte dos subsídios americanos ao etanol, aprovados pelo Senado do país, para medir as consequências na oferta global de açúcar. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos do açúcar cristal registrou variação positiva de 0,31% e chegou a R$ 54,84. Mergulho em NY As cotações do café não escaparam dos crescentes temores em relação ao futuro da demanda em tempos de turbulência na Europa - irradiadas da Grécia, onde a crise econômica recrudesceu na semana passada - e despencaram na sexta-feira na bolsa de Nova York. De acordo com análise do Escritório Carvalhaes, de Santos, o tempo quente e seco em importantes regiões produtoras do Brasil também colaborou para a perda de sustentação. Os contratos com vencimento em setembro fecharam a sexta-feira a US$ 2,5250 por libra-peso, em queda de 865 pontos e próximos da barreira dos US$ 2,50. No mercado doméstico, paralisado, as indicações de preços para a saca de 60,5 quilos do café de boa qualidade ficaram entre R$ 490 e R$ 510, segundo o Escritório Carvalhaes. Viés de baixa Apesar de terem registrado alta na sexta-feira, as cotações do algodão deverão ter pela frente novas quedas na bolsa de Nova York, conforme analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires. Isso por causa das consequências da crise na Grécia, que segue a afastar os investidores financeiros das commodities. Na sexta, os futuros para entrega em outubro subiram 215 pontos e fecharam a US$ 1,2961 por libra-peso. Os ganhos vieram após baixas nos quatro primeiros pregões da semana. Nas principais praças de Mato Grosso, a arroba do algodão em pluma segue pouco acima de R$ 70, de acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), ligado à federação da agricultura do Estado (Famato). Queda em Chicago As turbulências irradiadas da Grécia e a melhora das condições climáticas nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos "uniram forças" e derrubaram as cotações da soja na sexta-feira na bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em agosto encerraram a semana negociados a US$ 13,3350 por bushel, em baixa de 16,50 centavos de dólar em relação à véspera e menor patamar da semana. Apesar de ter colaborado para a baixa, a situação climática americana segue a ditar o rumo dos preços pelo lado dos fundamentos de oferta e demanda. No Paraná, a saca de 60 quilos saiu, em média, por R$ 40,69, queda de 0,15% em relação à véspera, segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Estado.