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O primeiro dia de negociações entre Brasil e Argentina para resolver uma série de conflitos bilaterais terminou ontem sem avanços. Após pouco mais de duas horas de conversa com o secretário da Indústria argentino, Eduardo Bianchi, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, pediu aos técnicos brasileiros que preparem um levantamento sobre todos os produtos que estão parados na fronteira. Teixeira voltará a reunir-se hoje com Bianchi, para tentar destravar uma guerra comercial que alcançou o auge com a decisão do Brasil de aplicar licenças não-automáticas ao setor automotivo.

Teixeira disse a Bianchi que o Brasil considera inadmissível que exportações do país demorem até mais de 300 dias para entrar no mercado vizinho. Segundo a Organização Mundial de Comércio, governos que aplicam licenças não-automáticas não podem demorar mais de 60 dias para liberar tais produtos.

— Cada um reafirmou sua posição. Até o momento não houve avanço — disse uma fonte do governo brasileiro.