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Pimentel responde à Argentina e estreita laços com a China

Veículo: DCI
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karina nappiae

A decisão tomada pelo governo brasileiro de suspender as licenças automáticas para o setor de automóveis importados parece ter surtido efeito no governo argentino. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) divulgou carta de agradecimento assinada pelo ministro Fernando Pimentel, enviada à ministra da Indústria da Argentina, Débora Giogi, em que menciona "o interesse e a disposição do Brasil em tratar os temas de interesse de ambas as partes".

A carta é uma resposta à correspondência assinada pela ministra argentina e enviada quinta-feira ao governo brasileiro, em que ela manifesta a vontade de dialogar sobre temas bilaterais. No início da semana, as alfândegas brasileiras suspenderam a licença automática dos automóveis importados. Na prática, os veículos, quando chegam aos portos brasileiros, podem levar até 60 dias para receber autorização de entrada. A medida vale para carros prontos e não para autopeças.

A medida não atinge somente a Argentina, mas também o México e a Coreia do Sul.

Pimentel reforçou na carta que, "sobre os pontos levantados pelo governo brasileiro, entendo que é necessário iniciarmos um diálogo construtivo, conforme acordado durante nosso último encontro em Buenos Aires". O encontro a que se refere o ministro ocorreu no início do ano.



China

O governo quer retomar o debate sobre a adoção de um outro padrão cambial, sem o dólar, nas negociações multilaterais. Pimentel defendeu a discussão sobre o novo sistema durante a reunião com o ministro do Comércio da China, Chen Deming, no Itamaraty. Segundo ele, é necessário rever o sistema atual que prejudica os países em desenvolvimento.


"O ministro [chinês] vê com simpatia estabelecermos o início desta discussão, de estabelecer um modelo diferente do padrão internacional. O câmbio é um problema grave para os países emergentes", afirmou.


Uma das propostas sugeridas por Pimentel é a adoção de uma cesta de moedas. É um recurso utilizado como índice de variação de ativos financeiros para evitar variações bruscas de uma única moeda. Segundo Pimentel, o assunto deve ser debatido "nos fóruns multilaterais". Mas ele reconheceu que uma discussão que deve demorar a ser concluída.

O ministro chinês optou pela cautela ao ser perguntado sobre as mudanças no padrão cambial. "É uma análise de longo prazo", afirmou Deming.

Além disso, o Brasil espera expandir em cerca de 20% suas exportações para a China este ano, afirmou Pimentel.

Ele acrescentou que no primeiro quadrimestre o Brasil registrou um superávit de US$ 1,6 bilhão com a China.



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