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Atuação do BC e exterior sustentam alta do dólar

Veículo: Brasil Econômico
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Atuação do BC e exterior sustentam alta do dólar

O dólar firmou alta perto do fechamento desta segunda-feira (2/5), reagindo às intervenções do Banco Central num dia de liquidez menor. O aumento da aversão a risco no exterior favoreceu o movimento

A taxa de câmbio avançou 0,19%, a R$ 1,576 na venda, oscilando entre valorização de 0,32% e queda de 0,19%.

"O mercado havia caído muito e há um suporte forte no nível de R$ 1,57, o que leva o mercado a perder o apetite vendedor sempre que chega nesse patamar", afirmou Alfredo Barbutti, economista-chefe da BGC Liquidez.

Há apenas alguns dias, o dólar era cotado próximo das mínimas desde janeiro de 1999, pouco após a adoção do regime cambial flutuante no Brasil. Mas desde então a moeda vem ajustando para cima, em meio à redução da entrada de capitais no último mês e as investidas do governo contra a valorização excessiva do real.

"O fluxo realmente reduziu bem e, embora as atuações do BC sejam localizadas, você (o BC) retirar dólar de um ambiente onde já não tem tanta oferta assim intensifica o efeito das compras", comentou Barbutti. Nesta sessão, a autoridade monetária realizou dois leilões de compra de dólar no mercado à vista, definindo como corte as taxas de R$ 1,5746 e R$ 1,5750.

Investidores conhecerão na próxima quarta-feira (4/5) os números relativos ao fluxo cambial de abril. De acordo com os dados mais recentes, o ingresso de moeda ao país desacelerou a US$ 133 milhões em abril até dia 20.

Para efeito comparativo, apenas nos três primeiros meses de 2011, o fluxo cambial fora superavitário em mais de US$ 35 bilhões.

Para Ovídio Soares, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil, as operações locais também reagiram à recuperação do dólar no exterior, em meio ao aumento da aversão a risco por preocupações geopolíticas.
Frente a uma cesta de divisas, a moeda americana tinha ligeira alta de 0,04%, após renovar pela manhã a mínima em três anos.

Ao mesmo tempo, as bolsas de valores em Nova York abandonavam os ganhos verificados mais cedo e recuavam, enquanto o índice de volatilidade da CBOE saltava mais de 7%.

Segundo operadores estrangeiros, investidores passaram a avaliar os riscos de um aumento nas tensões globais após Osama bin Laden ter sido morto por forças americanas.

Líderes mundiais saudavam a morte do líder da Al Qaeda, mas a euforia era acompanhada por temores de retaliação e avisos sobre a necessidade de vigilância redobrada contra ataques.

 



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