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Projeções sobre o juro básico dividem mercado

Veículo: Brasil Econômico
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Projeções sobre o juro básico dividem mercado

A unanimidade e o índice de acerto dos representantes do mercado financeiro nas previsões sobre o percentual de alta da taxa Selic decidido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, em alguns momentos poderiam dar a impressão que as reuniões do Copom serviam apenas para referendar a opinião dos analistas.

Desde a retomada do ciclo de alta dos juros básicos, as decisões sempre coincidiram com as projeções do mercado, numa rotina sem surpresas.

Tanto que os interessados passaram a concentrar suas expectativas na divulgação da ata da reunião, que acontece dias depois da decisão sobre as taxas.

Nesse caso, sempre podem contar com algum indicador sobre políticas de mais longo prazo na tentativa de controle da inflação ou relativa ao fluxo cambial e valorização do real.

Hoje à noite o Copom fará novo anúncio relativo aos juros - o terceiro no governo Dilma - e, pela primeira vez nos últimos meses, não se verifica unanimidade entre os analistas.

Embora a maioria acredite num aumento de 0,25 ponto percentual para 12%, alguns insistem que a alta será de 0,50 p.p. e existe até quem acredite na manutenção da taxa em 11,75%, como Maurício Molan, economista-chefe do banco Santander.

Prevalece a análise de que a autoridade monetária vai fincar pé na crença de arrefecimento da inflação no segundo semestre e nos efeitos das medidas macroprudenciais.

Voz solitária na previsão do fim do aperto, Molan cita os últimos documentos do Banco Central (ata do Copom e relatório de inflação), que "mostram um cenário de convergência da inflação para a meta em 2012 sem a necessidade de aumentar juros desde que o câmbio permaneça estável." "Esse cenário - complementa - é compatível com a interrupção do ciclo de alta agora".

O economista adverte, contudo, que se trata de um crédito à autoridade monetária no curtíssimo prazo e admite novos ajustes no segundo semestre, o que levaria a Selic a fechar o ano a 13%.


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