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O domínio chinês sobre a indústria têxtil

Veículo: guiajeanswear.com.br
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O domínio chinês sobre a indústria têxtil

Aprovem-no ou não, o modelo de desenvolvimento econômico chinês baseado na estratégia “um país, dois sistemas” tem provado que funciona e garantido o caminho da nação mais populosa do mundo para se tornar a economia mais poderosa e hegemônica do mundo parece, aos dias de hoje, irreversível.

Apesar das pressões sociais que têm levado à subida generalizada dos salários e ao aumento da classe média chinesa a um ritmo alucinante, setores de mão-de-obra intensiva como a indústria têxtil e de vestuário continuam crescendo. Só nos primeiros meses deste ano, esse aumento foi de 10,7% em termos homólogos.

Surpreendentemente, e ao contrário do que se poderia imaginar, esta elevação não tem relação ao aumento dos preços de venda, em face da subida dos custos de produção, mas sim ao crescimento das quantidades vendidas.

A produção de fio, tecido e vestuário cresceu, respectivamente, 15,3%, 13,9% e 14,6%. Taxas que são superiores em quantidades ao volume de negócios, o que indicia claramente quedas moderadas nos preços de venda.

Mas se o volume de negócios cresceu na casa dos 10%, as exportações da indústria têxtil tiveram ainda um crescimento mais expressivo. Acréscimos de 20,8% nos produtos têxteis são assim um bom exemplo de que a hegemonia da China na moda, que talvez tenha vindo para ficar.

No outro extremo da cadeia de valor do setor, o consumo de artigos de luxo aponta para que o mercado chinês passe a ser determinante para as marcas que atuam nesse segmento. Se o crescimento das marcas de alto padrão tem sido alcançado principalmente nos últimos três anos graças aos mercados emergentes como a China, o futuro do segmento não deverá ser muito divergente.

E essa realidade não está assim tão distante. Segundo um estudo da consultora McKinsey, o mercado chinês representará 20% do consumo de artigos de luxo já no ano de 2015. Cerca de 27 mil milhões de dólares anuais de receitas são obtidas no país por marcas como Louis Vuitton, Burberry, Hermes e Gucci.

A expansão do segmento de luxo sendo alcançada através do rápido aumento dos lucros, da entrada das marcas de luxo no mercado e da mudança da atitude dos chineses no que diz respeito à ostentação. O estudo da consultora aponta ainda para a criação de importantes pólos de consumo de marcas de alto padrão em cerca de 60 cidades chinesas, e a expansão da base de consumidores da classe média migrando para a classe alta.



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