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Para Abit, Não Há Risco de Desabastecimento

Veículo: Diário do Nordeste
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FOTO: DIVULGAÇÃO

Aguinaldo Diniz: fábricas têxteis e confecção estão prontas para suprir o mercado interno, apesar das dificuldades

A indústria têxtil e de confecção brasileira tem batido recordes de investimentos. Somente em 2010, foram mais de US$ 2 bilhões. Assim, o setor multiplica empregos e contribui para o crescimento sustentado, bem como amplia e garante sua capacidade de atender à demanda doméstica e à exportação. Diante deste número e desempenho, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, diz que "são infundadas informações que vêm sendo difundidas quanto a um eventual risco de desabastecimento do mercado interno".

Para ele, tal alarmismo soa como reação aos sinais do novo governo de que adotará medidas para conter as importações provenientes da Ásia. "Ser contrário às providências defensivas e, como se não bastasse, reivindicar a redução das taxas de importação são atitudes conspiratórias contra a saúde da economia brasileira, tamanho o dano para a indústria, a balança comercial do País e os consumidores", afirma. "Ficaríamos todos reféns do dólar e de fornecedores que não se pautam pelas leis de mercado e normas civilizadas quanto à qualidade e salubridade do que e de como produzem".

Competitividade

Assim, segundo Diniz, ao invés de escancarar definitivamente os portos, deve-se implementar medidas que aumentem a competitividade sistêmica do Brasil. "Precisamos reduzir os encargos trabalhistas, isentar os investimentos de tributos e desonerar as exportações, avalia. "No setor de têxteis e vestuário, tais providências são essenciais, assim como em numerosos outros segmentos da indústria de transformação. Não é prudente repudiar medidas que atendem aos interesses maiores desta nação, devido ao mero oportunismo representado pela fortuita possibilidade de se beneficiar dos ganhos propiciados pelo câmbio sobrevalorizado".

O presidente da Abit diz ainda que a incongruência é mais evidente quando se observa que aqueles que estão aproveitando uma circunstância conjuntural para maximizar lucros não têm repassado os ganhos ao consumidor brasileiro. "Seria justo conceder-lhes imposto menor?", questiona Diniz. "Não há razão concreta para isso, pois nossas fábricas de têxteis e confecção estão capacitadas a suprir o mercado interno, apesar das dificuldades relativas aos preços dos insumos e matérias-primas e da concorrência desigual com estrangeiras. Prova de que, apesar dos problemas enfrentados, a indústria têxtil e de confecção do Brasil tem capacidade de suprir o consumo interno é o fato de que já abastece 95% do País. As empresas varejistas do setor informaram que 90% do que vendem são de produtos nacionais".


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