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Obama assina 10 acordos de cooperação em visita ao Brasil

Veículo: DCI
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Obama assina 10 acordos de cooperação em visita ao Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se encontrou no último sábado com empresários nacionais e norte-americanos, em Brasília. Ele encerrou, com discurso, a Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos, que antes mesmo da sua chegada ao Brasil já era bastante aguardada.

A Cúpula, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pelo Conselho Empresarial Brasil-EUA e pela Câmara Americana de Comércio Brasil-EUA (Amcham), reuniu cerca de 400 empresários.

Antes do encontro, os governos dos Estados Unidos e do Brasil assinaram dez acordos de cooperação, que envolvem área estratégicas que vão desde economia e comércio até ciência e tecnologia. Entre os temas de destaque estão o Tratado Econômico e Comercial (Teca), que estabelece contatos entre os governos nas negociações para acelerar eventuais articulações, e o apoio para a realização de eventos como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.

Na área de comércio, foi criada Comissão Brasil-Estados Unidos para Relações Econômicas e Comerciais. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, viu na criação da comissão, um instrumento importante na solução de pendências bilaterais. "Este acordo vai permitir, de forma acertada, firme, que se resolvam questões para evitar a bitributação e barreiras técnicas e sanitárias no comércio bilateral", afirmou o presidente da CNI. Com relação a bitributação, na sexta-feira passada, Brasil e EUA acordaram discutir mecanismos para evitar a bitributação no comércio bilateral.

No fórum, o presidente dos Estados Unidos disse que o seu país está disposto a fortalecer a cooperação econômica e ampliar o comércio com o Brasil. "A possibilidade de vender mais produtos e serviços para um mercado que cresce como o Brasil significa criar empregos nos Estados Unidos", afirmou. Segundo Obama a cada US$ 1 bilhão de exportações são criados 5 mil empregos para os norte-americanos. Mas o presidente dos EUA destacou que o Brasil também terá vantagens.

Segundo o presidente da empresa Cummins e do Fórum de CEOs Brasil-EUA pelo lado norte-americano, Tim Solso, foram apontados itens específicos de cada área que podem melhorar a relação econômica entre os dois países. Na área de comércio, foi colocada a necessidade das reformas tarifária e alfandegária, além do sistema de vistos. O presidente do fórum pelo lado brasileiro e da Coteminas, Josué Gomes da Silva, disse que as recomendações foram "amplamente aceitas" pelos presidentes. Na sua avaliação, os principais destaques levantados pelo fórum foram as áreas de ciência e tecnologia e educação.

Petróleo

A exploração de petróleo no pré-sal ainda nem começou, mas o presidente Barack Obama deixou claro que os Estados Unidos querem ser um dos "melhores fregueses" do Brasil.

Diante dos empresários, Obama avaliou a importância e o tamanho da economia brasileira. Disse que o País tem uma economia globalmente importante e que deve ser tratado como são a China e a Índia.

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, explicou que os EUA já são hoje, na prática, um dos principais compradores de petróleo brasileiro. "Do ponto de vista comercial, não é uma grande novidade. O que pode ser uma novidade é o governo americano começar a considerar o valor estratégico dessa relação", afirmou.

Durante o fórum empresarial, o presidente da Petrobras, destacou a aprovação do governo americano para o projeto da Petrobras de produção de petróleo e gás nos campos de Cascade e Chinook, na parte norte-americana do Golfo do México. "Estamos levando pela primeira vez o sistema de produção de FPSO ao Golfo do México. O órgão regulador americano reconheceu a tecnologia e segurança do projeto."

Pedidos

A presidenta Dilma Rousseff aproveitou o encontro com o presidente Obama e cobrou "regras mais transparentes" em relação à Rodada de Doha e "fluxos mais equilibrados tanto em termos quantitativos quanto qualitativos". A cobrança de Dilma é uma resposta aos apelos do empresariado nacional. Os empresários brasileiros reclamam das barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos aos produtores do Brasil, principalmente no que refere ao aço, suco de laranja e à carne bovina. Ela pediu também o fim de barreiras protecionistas a setores produtivos da economia americana, como condição para intensificar relações comerciais entre os dois países.

Por outro lado, o presidente norte-americano argumentou a favor da compra pelo Brasil dos jatos americanos F18 em reunião bilateral com a presidente "O presidente Obama ressaltou que o F-18 é o melhor avião em oferta", disse Restrepo. Dilma não disse por qual jato seu governo se inclina, segundo Restrepo.



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