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Brasil e Índia querem atingir US$ 10 bilhões em negócios em 2011

Veículo: IG
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Meta foi definida para 2010, quando o comércio bilateral somou US$ 7,7 bilhões; empresas indianas participam de feira no Brasil

O empresário indiano Akhilesh Kumar Shukla desembarcou no Brasil pela primeira vez na semana passada. Ele veio procurar clientes e um representante no País para a sua empresa, a BBJ, uma indústria do ramo têxtil. Shukla é um dos 50 expositores da feira Índia Show, evento realizado pela Confederação das Indústrias Indianas (CCI) entre os dias 11 e 14 de março, em São Paulo.

Autoridades do Brasil e da Índia estão tentando aproximar os empresários dos dois países para conseguir atingir um volume anual de importações e exportações de US$ 10 bilhões entre eles. A meta foi fixada pelos governos brasileiro e indiano para o ano passado, mas não foi atingida. Em 2010, os negócios entre os dois países somaram US$ 7,7 bilhões, segundo estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). A expectativa dos dois países é que esta marca seja atingida neste ano.

A Índia está interessada, principalmente, nos setores de petróleo, automotivo e têxtil brasileiros. Já o Brasil, quer aumentar os negócios nos setores de alimentos, transportes, TI, calçados e no ramo cinematográfico. “A Índia tem provavelmente a segunda indústria cinematográfica do mundo. E o Brasil é forte em pós-produção. Há um complemento entre estas atividades que pode gerar parcerias”, afirma o secretário-executivo do Mdic, Alessandro Teixeira.

Mais do que intensificar exportações e importações, o Brasil e a Índia querem promover parcerias entre as empresas, afirma o presidente da Câmara de Comércio Brasil-Índia, Roberto Paranhos.

Uma das companhias indianas que tem negociado parcerias nacionais é a petroquímica Bharat. A empresa entrou no mercado brasileiro em 2008 com a aquisição da canadense EnCana, dona de dez blocos de exploração de petróleo no Brasil. Nove deles são operados em parcerias com a Petrobras. “Nós estamos olhando oportunidades no Brasil, mas não queremos competir com a Petrobras, mas ser parceiros dela”, afirma D. Rajkumar, presidente da Bharat, que participa da feira Índia Show.

A empresa investirá US$ 100 milhões no Brasil apenas em 2011. “Queremos aproveitar a feira para conhecer melhor o Brasil e as oportunidades que existem por aqui”, diz Rajkumar.

  

  

Entraves

As negociações entre os dois países ainda são consideradas incipientes pela Câmara de Comércio Brasil-Índia. Para Paranhos, medidas protecionistas aplicadas pelo Brasil, como o aumento das tarifas de importação de tecidos e as investigações antidumping, somadas às dificuldades burocráticas dos dois Países ainda são entraves para intensificar o comércio entre Brasil e Índia.



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