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Coleção chega mais cara
Veículo: Jornal de Santa Catarina
Seção: Economia
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BLUMENAU - As roupas da coleção Outono-Inverno, que já aparecem em vitrines do comércio, devem pesar mais no bolso do consumidor que for renovar o guardarroupa.
Com a disparada do preço do algodão no mercado internacional e a escassez do produto no Brasil, as indústrias têm encontrado dificuldades em manter a produção e segurar a alta para o consumidor.
A expectativa é de um aumento entre 20% e 40% nos preços nas lojas, projeta o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), Renato Valim. Ele explica que a variação depende da quantidade de algodão utilizada no produto.
A matéria-prima passou a ser vendida a US$ 2,40 a libra-peso (unidade para medir a fibra, equivalente a 435 gramas), aumento de 200% em relação a um ano atrás, quando estava cotado a US$ 0,80.
O aumento ao consumidor poderia ser pior. Como o algodão é apenas um dos insumos da cadeia têxtil, o valor não chegará integralmente ao varejo.
– Em peças mais caras, talvez esse aumento nem seja sentido, porque o algodão representa muito pouco no custo total do produto – afirma o presidente do Instituto Brasileiro do Algodão, Haroldo Cunha.
Cunha é otimista. Avalia que a tendência é o aumento não passa dos 20%, contido pela concorrência chinesa e pela renda do trabalhador:
– Se o aumento for muito grande, o consumidor não vai comprar.
A previsão de um inverno rigoroso estimula o lojista a providenciar encomendas. De acordo com indústrias do setor, mesmo com a alta, as vendas para o varejo foram boas, o que demonstra a confiança do comerciante na disposição para compra do cliente.
O preço do algodão é considerado recorde: em 140 anos, é a primeira vez que a matéria-prima ultrapassa a marca de US$ 2 a libra-peso. No final da semana passada, chegava a US$ 2,40. A escalada torna a commodity mais atrativa para o produtor, mas reflete a escassez da fibra no mercado.
A crise mundial, em 2008, fez com que o algodão fosse negociado a US$ 0,40. O baixo valor pago pela produção reduziu a área plantada em cerca de 25% em todo o mundo.
No Brasil, a seca causou a quebra de cerca de 200 mil toneladas na produção de 2009 e, no Paquistão, as enchentes ocasionaram a perda de plantações. A combinação dos fatores econômicos e climáticos resultou na falta de algodão no mercado.
Seção: Economia
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Coleção chega mais cara
Alta no preço do algodão resulta em aumento de até 40% no preço do varejo
Com a disparada do preço do algodão no mercado internacional e a escassez do produto no Brasil, as indústrias têm encontrado dificuldades em manter a produção e segurar a alta para o consumidor.
A expectativa é de um aumento entre 20% e 40% nos preços nas lojas, projeta o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), Renato Valim. Ele explica que a variação depende da quantidade de algodão utilizada no produto.
A matéria-prima passou a ser vendida a US$ 2,40 a libra-peso (unidade para medir a fibra, equivalente a 435 gramas), aumento de 200% em relação a um ano atrás, quando estava cotado a US$ 0,80.
O aumento ao consumidor poderia ser pior. Como o algodão é apenas um dos insumos da cadeia têxtil, o valor não chegará integralmente ao varejo.
– Em peças mais caras, talvez esse aumento nem seja sentido, porque o algodão representa muito pouco no custo total do produto – afirma o presidente do Instituto Brasileiro do Algodão, Haroldo Cunha.
Cunha é otimista. Avalia que a tendência é o aumento não passa dos 20%, contido pela concorrência chinesa e pela renda do trabalhador:
– Se o aumento for muito grande, o consumidor não vai comprar.
A previsão de um inverno rigoroso estimula o lojista a providenciar encomendas. De acordo com indústrias do setor, mesmo com a alta, as vendas para o varejo foram boas, o que demonstra a confiança do comerciante na disposição para compra do cliente.
Preço é recorde
A crise mundial, em 2008, fez com que o algodão fosse negociado a US$ 0,40. O baixo valor pago pela produção reduziu a área plantada em cerca de 25% em todo o mundo.
No Brasil, a seca causou a quebra de cerca de 200 mil toneladas na produção de 2009 e, no Paquistão, as enchentes ocasionaram a perda de plantações. A combinação dos fatores econômicos e climáticos resultou na falta de algodão no mercado.
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