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Os peixes bilionários

Veículo: Jornal de Santa Catarina
Seção: Economia
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Os peixes bilionários

Faturamento de R$ 1,2 bilhão veio um ano antes do previsto pela têxtil

BLUMENAU - Nos corredores da matriz da Cia. Hering, no Bairro Bom Retiro, os resultados do último balanço da empresa apareciam nos rostos dos funcionários sexta-feira. Com um faturamento bruto de R$ 1,2 bilhão, o que significa 40,8% de crescimento em um ano, não havia motivo para outra reação.

O avanço mostra que as estratégias aplicadas para fortalecer ainda mais a marca dos dois peixinhos no mercado de vestuário surtiram efeito. Os números que fecharam 2010 surpreenderam as expectativas da própria companhia.

– No plano inicial, a meta era atingir R$ 1 bilhão este ano. Mas com base nos resultados, puxamos a expectativa para 2010 e ainda ultrapassamos em mais de 20%, que é um resultado estimulante – comemora o diretor administrativo da Hering, Carlos Tavares D’Amaral.

Para Amaral, o bom momento da Hering se firma em três pilares: plano de negócios, mercado favorável e trabalho dos colaboradores. No primeiro quesito, a marca começou a mudar em 2006 quando renovou a estratégia e um novo foco foi estabelecido. Uma das mudanças foi o investimento em comunicação, que modernizou a identidade da empresa.

Mais pessoas passaram a conhecer e confiar no nome Hering. Desde então, novas lojas próprias foram abertas e franquias se espalharam. Entre 2009 e 2010, o número total de franqueados passou de 304 para 376, um crescimento de 23,6%. Além disso, em um ano foram abertas 71 novas lojas próprias Hering Store, 22 a mais do que o esperado pela empresa.

A webstore também reflete a modernização e o reconhecimento da Hering pelo consumidor final. A loja virtual foi consolidada ano passado com o início das vendas da Dzarm pela internet e atingiu um faturamento bruto de R$ 5,4 mil, o que significa um lucro 58,5% maior que em 2009.

Apesar de pouco significativo, a empresa destaca que o resultado do e-commerce representa o maior crescimento dentre os canais de distribuição, mostrando potencial que deve ser explorado ainda mais pela Hering.

– Roupa é um produto bastante específico, que as pessoas provam antes de comprar. Por isso consideramos o resultado muito bom. As vendas pelo site mostram que as pessoas conhecem e confiam nos nossos produtos – completa Amaral.

Além da Hering e Dzarm, a marca tem outras duas extensões: a PUC e a Hering Kids, ambas voltadas ao mercado infantil. Estas duas passaram por uma reformulação de abordagem no mercado. Em 2010, a imagem de qualidade da PUC foi reforçada com produtos destinados às classes A e B, o que adicionou 26,1% no faturamento da extensão. Enquanto que a Hering Kids mudou de conceito, passando a oferecer produtos casuais ligados ao conceito “miniadulto”.

Para medir o desempenho da extensão, a companhia abriu duas lojas piloto em 2010, em São Paulo, rendendo um faturamento 40,8% maior que no ano anterior. A companhia pretende abrir outras duas até a metade do ano.


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