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Controle sobre importação divide varejo e indústria

Veículo: Indústria Textil
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Controle sobre importação divide varejo e indústria

 
Abvtex afirma que as compras varejistas representam menor parcela do volume total internado, e a Abit defende mecanismos que imponham aos produtos estrangeiros os mesmos requisitos exigidos das empresas locais

Fonte : [ GBLJEANS ]

Para sustentar a tese de que o Brasil prescinde de barreiras às importações, a Abvtex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) divulgou dados na última terça-feira, 22, destacando que os produtos confeccionados responderam por 26,3% da receita total das importações em 2010, enquanto os produtos que abastecem a indústria têxtil e as confecções (tecidos, linhas, fios e fibras) corresponderam a 73,7% de tudo que foi internado. Em comunicado, Sylvio Mandel, presidente da entidade que reúne as principais empresas varejistas de artigos de vestuário do país, afirmou que os dados rebatem a ideia de que seja preciso impor barreiras às importações: “Ao contrário, essas medidas podem desequilibrar gravemente a cadeia têxtil brasileira já que a própria indústria está recorrendo às importações”.

Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), pensa diferente: “Uma coisa é você comprar insumo, outra é comprar o produto pronto. A Abit nunca se posicionou contra o comércio livre, mas é contra as práticas de comércio desleal”, diz ele referindo-se sobretudo aos produtos importados da China.

Questionado sobre a capacidade da indústria brasileira em atender à demanda nacional – que é, segundo os varejistas da Abvtex, o principal motivo para o aumento da importação de produtos acabados – Pimentel afirma que o setor está preparado. “No ano passado, a indústria têxtil e de confecção investiu U$ 2 bilhões”, argumenta.

A Abvtex discorda: “Há sérios riscos de desabastecimento principalmente nos produtos de inverno, caso sejam adotadas barreiras às importações. Além disso, estas barreiras criam condições para o aumento da ilegalidade na importação”, avalia o presidente da entidade.

Compras atingem US$ 5 bilhões, em 2010
Os dados divulgados pela Abvtex mostram que a receita total das importações brasileiras de produtos têxteis e confeccionados aumentou 44,9% em relação ao ano anterior, passando de U$ 3,49 bilhões para U$ 5,06 bilhões. Em toneladas, no mesmo período, as importações de insumos para a indústria têxtil e de confecções cresceu 32% e a quantidade de artigos confeccionados que entraram no país aumentou 46%.

 


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