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Câmbio chegou ao limite do desconforto, diz Luciano Coutinho

Veículo: DCI
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Câmbio chegou ao limite do desconforto, diz Luciano Coutinho

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou em seminário em São Paulo, que "o câmbio chegou ao limite do desconforto para a economia", embora não tenha citado qualquer cotação que seria limite para intervenções mais intensas no mercado. Para conter a volatilidade da cotação da moeda brasileira em relação ao dólar, o governo vem adotando diversas medidas como a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros em renda fixa. "O governo está sendo bem-sucedido para lidar com o câmbio."

Ontem, o Banco Central (BC) realizou uma operação de swap cambial reverso, que equivale à compra de dólares no mercado futuro. De acordo com o comunicado do Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), este foi oitavo leilão de swap cambial reverso do ano.

Na transação, o BC vendeu 86% dos 20 mil contratos que ofertou, o equivalente a 17.240 contratos. A operação movimentou US$ 848 milhões.

O lote com vencimento em maio deste ano contará com até 6 mil contratos; outubro de 2011 com até 7 mil contratos; abril de 2012 também apresentará até 7 mil contratos. Os prazos são os mesmos dos contratos negociados no último leilão de swap reverso, realizado no dia 18, sexta-feira passada.

Mais uma vez, o BC faz um leilão surpresa. Até o leilão do dia 27 de janeiro, o procedimento era diferente. Primeiro, o BC anunciava a consulta e somente no dia seguinte realizava o leilão. Antes da operação, o dólar comercial tinha valorização de 0,05%, cotado a R$ 1,667 na compra e a R$ 1,669 na venda.


Mercado de capitais

Coutinho afirmou que o poder executivo quer a continuidade do fortalecimento do mercado de capitais no Brasil. "O governo quer apoiar mercado de títulos de longo prazo", disse. Na avaliação de Coutinho, é fundamental para a expansão do nível de poupança e de investimento do País que cresça a participação do setor privado em várias frentes, para viabilizar a expansão da Formação Bruta de Capital Fixo, nos próximos anos.

Ele já manifestou que deseja a redução da participação relativa do BNDES na concessão de financiamentos para projetos de empresas de longa maturação. "Mas a expansão do mercado de capitais deve ocorrer mantendo as condições de segurança, prudência e liquidez".



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