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Casa Branca tenta cortar subsídios

Veículo: Valor Econômico
Seção: Internacional
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Casa Branca tenta cortar subsídios

A Casa Branca renovou as investidas para cortar do Orçamento os subsídios agrícolas federais aos agricultores mais ricos, sinalizando como serão as negociações sobre o projeto de lei quinquenal do setor.

O governo retomou a proposta recusada pelo Congresso há um ano para instituir restrições aos "pagamentos diretos" concedidos aos agricultores, independente do quanto produzem.

Os cortes nos pagamentos diretos podem ser aprovados com relativa facilidade, como parte da restrição dos gastos públicos, mas farão pouca diferença no impasse sobre os subsídios agrícolas e as tarifas nas negociações de comércio mundial.

O Orçamento propõe reduzir o limite de renda para os produtores que recebem pagamentos entre US$ 500 mil e US$ 750 mil e limitar o volume que cada pessoa pode pedir.

"O governo propôs que a política agrícola direcione os pagamentos a apenas aqueles que realmente precisam deles", informou a Casa Branca no Orçamento. A reforma reduziria os pagamentos em US$ 2,5 bilhões em dez anos, uma quantia relativamente pequena.

No passado, propostas similares naufragaram após encontrarem dura oposição do lobby agrícola. Embora congressistas de Estados da região rural do Meio-Oeste tenham apoiado os cortes dos pagamentos diretos, as restrições enfrentam oposição dos plantadores de arroz e algodão dos Estados do Sul.

Uma alta autoridade que fez parte do governo disse que desta vez a proposta pode ter uma melhor recepção nas negociações sobre o projeto de lei agrícola - que define a estrutura dos subsídios ao setor por cinco anos. A lei deverá ser renovada em 2012.

A reforma, contudo, não faria diferença nenhuma para resolver o impasse sobre os subsídios agrícolas na Rodada Doha. Considera-se que os pagamentos diretos dos EUA não distorcem o comércio.



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