Notícias

Aperto monetário mais longo

Veículo: O Globo
Seção:
Página:

Aperto monetário mais longo


O mercado continua piorando as previsões sobre inflação para 2011 e 2012 e, com isso, passou a enxergar que o Banco Central (BC) reduzirá menos os juros básicos do país — hoje em 11,25% ao ano — a partir de 2012. De acordo com a pesquisa Focus da instituição, que ouve semanalmente cerca de 80 agentes financeiros, as estimativas sobre o IPCA deste ano passaram de 5,66% para 5,75% e, de 2012, de 4,61% para 4,70%, ambas cada vez mais distantes do centro do meta do governo, de 4,5%.

Quando se olha para as contas dos chamados Top 5, instituições ouvidas que mais acertam as previsões, o cenário é ainda mais pessimista. A curto prazo, elas veem o IPCA a 5,88% este ano e, a médio, a 6,36%, percentuais muito próximos do teto da meta, que tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Sobre a Selic, o mercado manteve a projeção de que ela encerrará o ano a 12,50%, mas para 2012, aumentou a previsão de 11% para 11,25%. Ou seja, espera que o BC reduza menos a taxa de juros quando iniciar o afrouxamento da política monetária.

Parte do mercado também trabalha com o cenário de que o BC pode anunciar novas medidas macroprudenciais, como as de dezembro, que limitaram e encareceram a concessão de crédito ao consumo a longo prazo.

Sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país), o mercado também reduziu suas estimativas para 2011, de 4,60% para 4,50%, e manteve as de 2012 em 4,5%.

Impulsionada pelo crescimento dos embarques de produtos básicos e industrializados, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$548 milhões na segunda semana de fevereiro. Com o resultado semanal, já há um saldo positivo no mês de US$980 milhões, diferença entre US$7,757 bilhões em exportações e US$6,777 bilhões em importações.

No ano, de janeiro até a segunda semana de fevereiro, o superávit foi de US$1,404 bilhão, valor 312,9% maior que o do mesmo período de 2010. As exportações alcançaram US$22,972 bilhões, uma alta de 28,4%. As importações, que somaram US$21,568 bilhões, subiram 22,9%.



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar