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Veículo: O Globo
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China oficialmente passa Japão como a segunda maior economia mundial

Depois de 42 anos como a segunda maior economia do mundo, dados divulgados ontem pelo Japão confirmam que o posto foi realmente tomado pela China. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos em um país) cresceu 3,9%, para US$5,47 trilhões. No mesmo período, a China teve expansão de 10,3%, atingindo US$5,87 trilhões. Os dados chineses, divulgados mês passado, já apontavam nessa direção, mas faltava a confirmação do PIB japonês.

Se mantiver o ritmo de crescimento em torno de 10% anuais, a China deve tomar dos Estados Unidos o posto de maior economia do mundo em uma década, afirmou à rede BBC Tom Miller, analista de uma consultoria em Pequim.

Importações chinesas saltam 51% em janeiro

Olhando-se o PIB per capita, no entanto, a situação dos japoneses é bem melhor: US$40 mil, contra US$4.500 na China.

No último trimestre de 2011, o PIB japonês teve retração de 0,3% frente ao trimestre anterior — menos que o 0,5% projetado pelo mercado — e de 1,1% em relação ao mesmo período de 2009. Foi a primeira contração em cinco trimestres. Analistas culpam a redução do consumo após o fim, em setembro, de incentivos do governo a carros com baixa emissão de carbono.

A economia japonesa tem outros problemas: deflação, envelhecimento da população e a maior proporção dívida/PIB entre os países ricos, próxima de 200%.

Enquanto isso, a indústria chinesa vive um boom sem precedentes. Ontem, o governo chinês divulgou dados da balança comercial de janeiro, quando as importações deram um salto de 51%, enquanto as exportações avançaram 37,7%. Foi o quarto mês consecutivo em que as compras externas superaram as vendas.

Bolsa de SP tem alta de 1,22% por ’commodities’

O aumento das importações chinesas puxou ontem o preço das commodities no mercado internacional e levou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) para seu terceiro pregão consecutivo de ganhos. O Ibovespa, índice de referência do mercado, avançou 1,22%, aos 66.557 pontos. Os dados da China também puxaram a Bolsa de Tóquio, que fechou em alta de 1,1%.

Na bolsa brasileira, o destaque ficou para as ações PNA (preferenciais, sem voto) da Vale, que avançaram 1,85%, a R$50,59. No câmbio, o Banco Central (BC) voltou a comprar dólares nos mercados à vista e a termo — leilão no mercado interbancário com liquidação futura. A moeda americana fechou em leve alta de 0,11%, a R$1,669.