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Desafios para o setor têxtil em 2011

O ano de 2010 foi marcado por um recorde de investimentos na indústria têxtil. Foram aplicados US$ 2 bilhões na modernização dos parques fabris, novas tecnologias e capacitação. Por outro lado, o déficit do setor chegou a US$ 3,5 bilhões, resultado do aumento na importação de têxteis, problema que - ao lado da alta do algodão - deverá marcar também 2011.

Estas e outras análises, além das perspectivas do setor têxtil para este ano, foram apresentadas nesta segunda-feira (07/02) em evento promovido pelo Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário, em conjunto com a Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção e o SCMC - Santa Catarina Moda Contemporânea, no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau (SC). A programação contou ainda com uma apresentação sobre Direção de Tendências 2012, com Débora Pierro, gerente de serviços e pesquisas do WGSN América do Sul.

A abertura foi feita pelo presidente do Sintex, Ulrich Kuhn, que ressaltou a importância do associativismo para a indústria têxtil e destacou o quanto a alta do algodão está prejudicando a indústria nacional. De acordo com Kuhn, os preços da matéria-prima chegaram a seu maior patamar nos últimos 140 anos e não é possível ficar sem repassar os custos aos consumidores.

O diretor superintendente da Abit, Fernando Pimentel, apresentou o panorama geral do setor, que representa 5.5% do PIB da indústria de transformação e gera 1,7 milhão de empregos diretos. De acordo com o executivo, para garantir a competitividade do produto têxtil nacional é preciso transpor uma série de gargalos setoriais.

“Um dos grandes riscos para a indústria têxtil em 2011 serão os preços e o suprimento de algodão, mas também precisamos enfrentar outros problemas já conhecidos no Brasil, como a desoneração da folha de pagamentos de uma indústria intensiva de mão-de-obra como é a têxtil”, apontou Pimentel. A agenda competitiva do setor defende ainda a redução da carga tributária; ampliação das linhas de financiamento; aprimoramento do sistema de defesa comercial; desoneração das exportações; aumento do limite do Simples; entre outros itens que contribuem para o desenvolvimento da indústria têxtil nacional.


Tendências

Na segunda parte do evento de ontem, Débora Pierro, gerente de serviços e pesquisas do WGSN América do Sul, apresentou as macrotendências para a primavera/verão 2012-2013. Futurismo primitivo, com influência de tecidos rústicos e naturais, aliado ao tecnológico; Cinematic, com estética vintage, tons lavados e influência nostálgica; e JPEG Generation, marcado pela estética inusitada e cores vivas da geração que nasceu com a internet são conceitos que vão marcar as próximas estações.

 

Perfil do Setor Têxtil Brasileiro

 

  • Representa 5.5% do PIB da Indústria Transformação

 

  • 30 mil empresas no Brasil

 

  • 1,7 milhão de empregos diretos

 

  • 2º maior empregador da indústria transformação

 

  • Investiu US$13 bilhões nos últimos 10 anos

 

  • 2º maior produtor mundial de denim

 

  • 3º maior produtor mundial de malha

 

  • 5º maior parque têxtil do mundo

 

  • 9 bilhões de peças de confecção produzidas por ano

Confira aqui a apresentação de Fernando Pimentel

Abaixo, algumas fotos do evento:



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