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Otan teme que crise gere aumento da imigração ilegal para Europa
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Otan teme que crise gere aumento da imigração ilegal para Europa
As revoltas em Egito e no restante do Norte da África podem aumentar a imigração ilegal para a Europa e afetar a economia do continente, afirmou ontem o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen. Ele pediu aos governos europeus que cortaram os gastos em defesa para que mantenham sua capacidade militar.
— Os acontecimentos servem como uma lembrança de que não podemos dar a segurança por garantida, mesmo na nossa vizinhança — disse Rasmussen.
Para o secretário-geral, as manifestações no Egito e na Tunísia não representam uma ameaça direta aos 28 membros da aliança, mas pode ter impacto no processo de paz do Oriente Médio e na estabilidade regional.
— Pode ter a longo prazo um impacto negativo nas economias, levando à imigração ilegal para a Europa — disse. — Indiretamente, pode levar a um impacto negativo na Europa.
A Alemanha, por sua vez, decidiu suspender a exportação de armas para o Egito, preocupada com relatos de violações dos direitos humanos. Segundo a ONU, mais de 300 pessoas já teriam morrido nos confrontos entre os manifestantes pró-democracia e a polícia e forças leais ao presidente Hosni Mubarak. O comércio de armas foi suspenso e acordos previstos serão revistos.
O país vendeu cerca de 22 milhões em armamento ao Egito em 2010. Em 2009, foram 77,5 milhões. Parte das exportações inclui a venda de fuzis automáticos usados pela polícia egípcia. Já no início dos protestos, no mês passado, a Alemanha ameaçara cortar a ajuda ao desenvolvimento do país se as autoridades não abrissem mão da violência.
Já o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que as negociações entre governo e oposição para resolver a crise egípcia estavam progredindo, apesar de os avanços serem pequenos.
— Obviamente, o Egito tem que negociar um caminho, e eles estão fazendo progressos — afirmou.
Os Estados Unidos apoiam as negociações para a transição lideradas pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman. No domingo, Obama ressaltara que o Egito não poderia voltar a ser o que era.
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