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Empresas têxteis estão entre os maiores devedores

Veículo: Jornal de Santa Catarina
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Empresas têxteis estão entre os maiores devedores Outra situação é uma regra criada para diretores, que ao saírem do cargo podem ascender para o último nível da carreira. – Há muitos penduricalhos nos altos salários, com incorporações de benefícios – afirma um acionista. As horas extras somam R$ 3 milhões mensais. Com os benefícios, 20% da folha são adicionais. E mesmo com pessoal a mais, a Celesc seguia contratando prestadoras de serviços para trabalhos que poderiam ser feitos pela empresa. Uma consultoria jurídica estava destacada para resolver uma notificação da Receita de R$ 50 milhões, a um custo de 10% do valor da causa. A assessoria jurídica de Gavazzoni e o departamento jurídico da Celesc resolveram. O custo caiu para metade. Outro exemplo é o contrato feito em 2004 com a Monreal, empresa de cobrança. Em 2008, foram R$ 48 milhões. O contrato venceu e não será renovado. – Vamos destacar pessoal de dentro da Celesc para resolver a inadimplência – destaca o presidente. Segundo o diretor financeiro José Carlos Oneda, dos R$ 700 milhões em dívidas com a Celesc, somente metade é recuperável. A outra metade são dívidas antigas. Entre os maiores devedores da Celesc estão empresas dos setores têxtil e cerâmico. Para as têxteis, houve parcelamento específico durante a crise do setor e há registro de notificação por parte da Receita Federal por conta de ajuizamentos, que, na prática, não obrigam corte de fornecimento e retiram o valor da declaração para o Imposto de Renda. A nova gestão está implantando uma política de consequências para impedir este tipo de ação. E será iniciada a estratificação dos débitos para definir as frentes de atuação. O departamento jurídico tem uma enxurrada de ações judiciais. E a Celesc deve R$ 56 milhões em penalidades. Algumas multas são reincidentes, como violação de indicadores de continuidade (que medem as interrupções de fornecimento de energia e o tempo de duração). – A empresa estava afundando. Se não conseguirmos resolver todos esses problemas a tempo de conquistar uma política tarifária satisfatória, a Celesc não será mais do Estado de SC em 2015 – alerta Gavazzoni.


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