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Maior produtor de algodão do País ainda importa produtos prontos para consumo

Veículo: 24horasNews
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Maior produtor de algodão do País ainda importa produtos prontos para consumo

Em meio a expectativa nacional de desabastecimento no setor têxtil durante o inverno, Mato Grosso, apesar de ser o principal produtor de algodão do País, não deve ser beneficiado com a escassez de material em outras regiões. Isso acontece porque ainda não há auto-suficiência para a fabricação de tecidos no Estado, de acordo com o representante do Setor de Tecidos, Confecções e Armarinhos na composição da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), Roberto Peron.

“Há cerca de cinco, dez anos, o governo do estado começou uma política de incentivo para que grandes indústrias de tecido se instalassem em Mato Grosso. Estamos caminhando, mas a nossa produção ainda é muito baixa e por isso nós temos que importar materiais acabados para consumo”, explicou Peron, que é empresário na área de confecções na capital. Ele acrescenta que os principais fornecedores de Mato Grosso são os estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Segundo o diretor da CDL Cuiabá, além das questões fiscais, a logística de Mato Grosso também não é tão favorável para a instalação de indústrias têxteis. “As indústrias preferem se instalar onde a demanda pelo produto é maior. No Brasil, o consumo de tecidos no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, por exemplo, é bem mais alta”, pontua. Mas afirma que Mato Grosso já é um “pólo bom” de produção de uniformes.

Peron coloca que o objetivo do governo ao promover incentivos para atrair grandes fábricas, como o Grupo Vicunha, que já confirmou a instalação em Mato Grosso e, com isso, deve se tornar a maior indústria têxtil do mundo, é verticalizar a produção, ou seja, fazer com que todas as etapas de fabricação ocorram no estado. “A verticalização da produção vai gerar mais empregos, fazer aumentar o consumo, além de baratear os produtos”. 

Mato Grosso exporta cerca de 300 toneladas de algodão in natura por ano. Isso representa uma média de 58% das vendas do produto para fora do país.



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