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Sem corte, Dilma não reduz ceticismo sobre a inflação
Seção: Mercado
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Sem corte, Dilma não reduz ceticismo sobre a inflação
Apesar das promessas de cortes de gastos, da elevação dos juros e das medidas para elevar as cotações do dólar, o governo Dilma Rousseff encerrou seu primeiro mês sem conseguir debelar o ceticismo de investidores e analistas quanto aos resultados das políticas fiscal, monetária e cambial neste ano.
Segundo a pesquisa periódica feita pelo Banco Central entre bancos e consultorias, as expectativas para os três indicadores que balizam a política econômica ficaram estáveis ou pioraram tanto na comparação com o segundo turno das eleições quanto com o final do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Nenhum deles estava ou está em patamares desejáveis pelos parâmetros do próprio governo: as metas fiscais têm sido descumpridas desde 2009 e não se acredita que vão ser atingidas neste ano; a inflação ficou acima da meta em 2010 e, para o mercado, ficará de novo; o dólar barato produz deficit crescentes nas transações com o exterior.
Especialistas ouvidos pela Folha afirmam que a demora do corte efetivo do Orçamento é culpada pela piora das expectativas de inflação, mesmo com alta dos juros do Banco Central de 10,75% para 11,25% ao ano.
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