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Expectativa de alta não surpreende, diz economista

Veículo: Corecon
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Expectativa de alta não surpreende, diz economista

A demanda aquecida e a elevação dos preços estão entre os fatores que contribuem para a percepção de alta da inflação acima do centro da meta traçada pelo governo, segundo análise do vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil e professor da Universidade de São Paulo (USP), Gilson de Lima Garófalo.

Em entrevista à Agência Brasil, o economista comentou a edição desta semana do Boletim Focus, do Banco Central, que aponta a expectativa dos agentes do mercado para a manutenção, pela sétima vez seguida, da curva de alta dos preços internos.

Segundo a pesquisa do BC, o mercado espera inflação 5,53% este ano, contra 5,42% apontados na semana passada, enquanto a meta do governo é de 4,5%, mesmo percentual estimado para o crescimento da economia.

O professor Gilson Garófalo opina que o crescimento da economia vai ficar condicionado "não apenas a fatores internos, mas pode depender também da recuperação econômica internacional. O equilíbrio do gasto público, as despesas com custeio e os planos para investimentos são outros pontos sérios da pauta economica do país", aponta o professor.

A elevação de salários nos poderes Legislativo e Judiciário poderão trazer efeitos negativos aos propósitos do próprio governo. Na área de investimentos ele disse que "falta um projeto orquestrado para o crescimento, pois tudo no país tem sido feito por força de circunstâncias momentâneas".

O professor Ricardo Teixeira, da Coordenação de Gestão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV), estima que já era previsível que a inflação ficaria acima do centro da meta do governo por causa da demanda aquecida. "Isso, agora, fica reforçado com as deficiências de abastecimento nas regiões metropolitanas, provocadas por problemas climáticos, decorrentes de seca ou do excesso de chuvas nas diversas regiões".

A justificativa, segundo ele, é que os itens de alimentação têm composição importante no cálculo dos preços ao consumidor. Teixeira vê a necessidade de "desaquecer a demanda para que o ano possa ser administrado sem sobressaltos", embora reconheça o fator positivo sobre o emprego e a renda.

Fonte: Diário do Comércio e Indústria

 

 



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