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Ata do Copom e PIB dos EUA ditarão rumo das bolsas

Veículo: Brasil Econômico
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Ata do Copom e PIB dos EUA ditarão rumo das bolsas
Bárbara Ladeia

Após encerrar o último pregão abaixo dos 70 mil pontos, o Ibovespa volta a não ter tendência definida para os próximos pregões; ata do Copom e PIB dos Estados Unidos estão no radar. 

Em semana marcada pela agitação no mercado de câmbio, o Ibovespa acumulou uma queda de 2,55%. A pouca tendência definida no pregão da sexta-feira (21/1) leva a uma condição de incertezas para o começo da próxima semana. 

Com uma segunda-feira (24/1) fraca na agenda de indicadores locais e nos Estados Unidos, o principal índice acionário nacional deve funcionar à reboque dos mercados europeu e asiático. A terça-feira (25/1) de feriado no calendário paulista pode resfriar ainda mais o ritmo do mercado. 

No entanto, já na quarta-feira (26/1), a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deve trazer um novo tônus às negociações. 

"O mercado está ansioso por essa nota para entender qual vai ser o tom de atuação dessa nova equipe do Banco Central", analisa Paulo Hegg, operador da Um Investimentos. "Também podem vir novas notícias sobre as tais medidas macroprudenciais mencionadas pela nota". 

Outro indicador importante deve vir na sexta-feira (28/1). O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos deve indicar aos mercados o ritmo da recuperação econômica americana.



Gráficos 

Do ponto de vista gráfico, também não há tendência definida na análise desenhada pelo agente autônomo de investimentos Cláudio de Lucca. Com o fechamento aos 69.113 pontos — muito próximo à mínima da semana — o Ibovespa está perto de seu próximo suporte, aos 67 mil pontos. "Estamos no limite da reação", avalia o agente. "Se o índice perder esse patamar logo nos primeiros dias, entrará em um canal de baixa." 

Por outro lado, caso reverta essa onda negativa, a próxima resistência estaria aos longínquos 73 mil pontos. "Essa é uma resistência forte, pois é um teto histórico. Ultrapassando ela, o Ibovespa dificilmente voltará a operar abaixo disso", sinaliza De Lucca. 

O feriado pode trabalhar a favor do investidor, desde que as bolsas americanas tenham bom desempenho. Com um o mercado americano com bom desempenho, as ações operadas em arbitragem com os recibos de ações em Nova York cumprirão a função de puxar o índice para cima. "Com mercado bom nos Estados Unidos, a arbitragem faz com que a quarta-feira já comece com um intervalo de alta a ser cumprido pelos principais papéis do índice." 

De Lucca destaca atenção especial aos papéis da Sabesp (SBSP3) que, segundo o agente de investimentos, "graficamente ficou interessante". Muito próximo ao ponto ideal de compra, o especialista sugere que o investidor aguarde para que a cotação do papel chegue ao R$ 41 e crie estabilidade nesse patamar. "Nesse nível ela deve gerar um movimento interessante para alta", aponta. 

Os papéis da companhia encerraram a sexta-feira aos R$ 40,66, em queda de 3,85%. "Na última semana o papel acumula desvalorização de 10,34%."



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