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Crescimento movido a

Veículo: O Globo
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Fabiana Ribeiro As economias das cidades sentiram os reflexos das altas dos preços das commodities no mercado internacional. Em 2008, foram registradas subidas de preços nas cotações de alimentos e minério de ferro. Esses aumentos aparecem na lista das dez maiores rendas per capita do país. Cinco cidades nesta lista têm sua principal atividade econômica diretamente relacionada a essas matérias-primas. E o caso de Campos de Júlio, no Mato Grosso, é singular: a cidade, com renda per capita de R$128.870 é a única na lista cuja economia é baseada na agricultura. A alta de soja e milho explica o bom desempenho da cidade em 2008. O maior PIB per capita do país vem de uma cidade movida a petróleo, São Francisco do Conde (R$288.371). Em Triunfo (RS), com R$181.332, o polo petroquímico dita o ritmo da atividade. Quissamã, no Estado do Rio, com R$177.851, também tira sua riqueza do petróleo. Nono PIB per capita do país, Anchieta (R$116.844), no Espírito Santo, se sustenta do beneficiamento do minério de ferro. Mas também houve retrações por causa de preços em queda, como o da laranja e da cana-de-açúcar. E as cidades não passaram incólumes a isso. — O ano de 2008 foi o ano das commodities. Os preços estavam extremamente elevados e os produtos ganharam mais participação na economia do país. Para se ter ideia, somente o preço da soja avançou 46,5% em 2008. E o milho, 17,5% — disse Sheila Zani, do IBGE. Um exemplo é Sorriso, no Mato Grosso, cuja participação no PIB é de 0,5%. Referência brasileira de produção de soja, ficou em primeiro lugar no ranking das cidades agropecuárias. Segundo Sheila, o preço do minério de ferro mais que dobrou, subiu 117,5% em 2008. E isso favoreceu o desenvolvimento econômico de municípios como Parauapebas, no Pará, e Catas Altas, em Minas Gerais. De acordo com Sheila, o preço de petróleo e gás natural subiu 39,8% no ano de 2008. O Estado de São Paulo perdeu espaço, entre outros motivos, por causa da redução do preço de laranja e cana-de-açúcar. — Mas é bom lembrar que outros aspectos também ajudaram a diminuir a participação de São Paulo no PIB. Como a retração da indústria farmacêutica que sofreu a concorrência dos importados.


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