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Ibovespa tem dia morno e cai a 69.551 pontos, após 3 altas seguidas

Veículo: Valor econômico
Seção: Mercado
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O tradicional marasmo de fim de ano parece já ter chegado aos mercados. Pelo menos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) o dia foi de poucas notícias e negócios, e de forte oscilação, diante da ausência de indicadores econômicos. Depois de subir cerca de 3% nos três últimos pregões, o Ibovespa oscilou hoje entre 69.377 e 69.931 pontos e fechou com baixa de 0,31%, aos 69.551 pontos. O giro financeiro atingiu R$ 4,645 bilhões. Em Wall Street, pouco antes do fechamento, os índices Dow Jones e S&P 500 operavam estáveis, enquanto o Nasdaq subia 0,23%. Entre as poucas notícias do dia, os investidores repercutiram, nos Estados Unidos, as declarações feitas pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke. O dirigente voltou a defender seu plano de compra de títulos do Tesouro, ao ressaltar que a economia americana ainda luta para se tornar "autossustentável" sem a ajuda do governo, e ainda indicou que poderá comprometer mais recursos no programa, além dos US$ 600 bilhões já anunciados. Na Europa, uma reunião entre os ministros de Finanças dos 16 países unidos pelo euro esteve e deverá permanecer no centro das atenções do mercado. Os líderes discutem medidas que poderão ser adotadas para estabilizar a região e a moeda comum. No fim de semana, o ministro belga das Finanças, Didier Reynders, chegou a afirmar que os países da zona do euro devem ampliar agora o fundo de socorro de 750 bilhões de euros, em vez de esperar até a criação de um mecanismo de estabilidade permanente previsto para 2013. O assessor de investimentos da corretora Souza Barros Luiz Roberto Monteiro assinala que, até o fim do ano, o movimento das bolsas deve ficar reduzido. “Vamos ficar vivendo de eventos corporativos, porque a recuperação da economia americana e de países europeus e a situação dos juros na China não devem sem resolver até o fim de 2010. O ano já acabou”, comentou. Neste pregão, no cenário corporativo brasileiro, enquanto papéis de bancos e de empresas ligadas ao cenário doméstico pressionaram o Ibovespa, ações de companhias atreladas a commodities impediram perdas mais expressivas do mercado. Entre os maiores giros do dia, Petrobras PN (0,62%, a R$ 25,86) teve total negociado de R$ 461,9 milhões, Vale PNA (0,56%, a R$ 50,23) teve volume de R$ 417 milhões, e OGX Petróleo ON (-0,85%, a R$ 19,75) movimentou R$ 294,7 milhões. Entre as maiores altas do Ibovespa, destaque para os papéis ON (4,25%, a R$ 23,03) e PNA (3,56%, a R$ 19,45) da siderúrgica Usiminas, para as ações PN da Klabin (3,25%, a R$ 5,39), ON da CSN (2,23%, a R$ 27,41) e PN da Gerdau (1,09%, a R$ 21,32). A maior valorização do índice pertenceu aos papéis ON da LLX Logística, que subiram 4,57%, a R$ 4,8, e giraram R$ 73,7 milhões. Também pertencentes ao grupo EBX, mas fora do Ibovespa, as ações ON da PortX avançaram 6,41%, para R$ 4,15, e tiveram volume financeiro de R$ 32,9 milhões. Na sexta-feira passada, em sua estreia, os ativos da empresa de operações portuárias sofreram um ajuste em relação ao seu preço de formação e dispararam 806,97%. No sentido oposto, as ações ON da LLX, perderam 40,69% no período. De volta a esta sessão, as principais baixas do Ibovespa pertenceram aos papéis ON da Brasil Ecodiesel (-5,21%, a R$ 1,09), da Marfrig (-4,92%, a R$ 13,71) e da varejista B2W (-3,82%, a R$ 33,18). No setor financeiro, destaque negativo para as units do Santander Brasil (-2,12%, a R$ 22,1) e para os papéis ON do Banco do Brasil (-1,99%, a R$ 31,95). Monteiro, da corretora Souza Barrros, avalia que os papéis continuam repercutindo as decisões de contenção ao crédito anunciadas pelo Banco Central na sexta-feira passada, com destaque para a alta da alíquota dos depósitos compulsórios. E fora do Ibovespa, além de PortX, destaque para a forte alta dos papéis ON da HRT Participações, que subiram 4,05%, a R$ 1.624,98, e giraram R$ 177,1 milhões. (Beatriz Cutait | Valor)


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