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BNDES defende plano para setor privado em investimento de infraestrutura

Veículo: Folha de São Paulo
Seção: Mercado
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O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, defendeu nesta quarta-feira uma reforma para ampliar a participação do setor privado nos investimentos, principalmente em obras de infraestrutura. Acompanhe a Folha no Twitter Conheça a página da Folha no Facebook Segundo Coutinho, já existem simulações de como esse modelo funcionará feitas em parceria com o Ministério da Fazenda e o BC (Banco Central). A previsão é de ele que entre em vigor já no início do governo da presidente eleita Dilma Rousseff. Para estimular empresas a investirem em projetos que hoje contam praticamente só com recursos do BNDES, o novo governo estuda permitir a emissão de títulos da dívida do setor privado no mercado, uma política desenvolvimentista que contraria a atual política monetária, calcada no rigor dos gastos públicos e do endividamento. "Abriríamos espaço para que o setor financeiro possa migrar de papéis da dívida pública para papéis privados", disse Coutinho. Hoje, o que se negocia no mercado são títulos da dívida pública (de longo prazo) que remuneram o investidor com taxas de juros elevadas. PASSADO As mudanças no atual modelo de investimento foram apresentadas durante evento promovido pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) em parceria com o BNDES, que ocorre hoje em São Paulo. De acordo com o presidente do BNDES, elas se sustentam pelas previsões de crescimento da economia brasileira, sem deixar de lado a política de redução da dívida pública e dos gastos. Para Coutinho, o país precisa ampliar sua capacidade de investimento (formação de capital) e, para isso, é fundamental estimular as empresas a participarem de investimentos de longo prazo, principalmente em infraestrutura. Coutinho considerou uma "anomalia transitória" a situação atual do mercado, que atrai investidores oferecendo prêmios elevados tendo como reflexo um ambiente de juros elevados no mercado interno. Para ele, o processo de estabilização da economia foi "longo, custoso e bem sucedido" e sustentado por um política de acúmulo de reservas internacionais, que diminuíram a vulnerabilidade da economia brasileira. Apesar de indicar que há espaço para a redução da taxa básica de juros da economia, Coutinho evitou mencionar o tema abertamente.


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