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MMartan deve atingir 140 lojas em 2011

Veículo: Valor Econômico
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Júlia Pitthan | De São Paulo
21/10/2010


Leo Pinheiro/Valor
Josué Gomes da Silva, da Coteminas e da Abit, diz que alta do algodão é "até boa"

A MMartan deve chegar ao próximo ano com 140 lojas inauguradas. A informação é de Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas, que comprou o controle da varejista especializada em cama, mesa e banho em abril de 2009, por R$ 55 milhões. No primeiro semestre deste ano, a rede de lojas contava com 112 lojas. No primeiro semestre do ano passado, eram 82 pontos de venda.

"Essa aquisição foi importante porque nos aproximou do consumidor final, o que inclusive permitiu que nós melhorássemos os nossos produtos", disse o presidente. A ampliação dos pontos de venda da rede de varejo no Brasil reflete o resultado do balanço do grupo. No primeiro semestre do ano, as vendas brutas no mercado interno cresceram 30,6% em comparação com o mesmo período de 2009.

Segundo Josué, cerca de 50% do faturamento do grupo ainda depende das vendas no exterior. No primeiro semestre do ano, a receita bruta somou R$ 1,6 bilhão, um crescimento de 0,5% em relação ao mesmo período de 2009, apesar da valorização de 12,4% do real frente ao dólar no período. Já o lucro líquido cresceu 50,7%, atingindo R$ 11 milhões.

Josué - que ocupa a vaga de presidente emérito do conselho de administração da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) e é filho do vice-presidente da República, José Alencar - criticou a taxa de juros elevada que, segundo ele, é responsável por atrair capital especulativo para o país e valorizar o real. "É possível combater a inflação sem usar essa taxa de juros", disse.

Para o empresário, a indústria brasileira é extremamente competitiva, principalmente da porta das fábricas para dentro, mas demanda condições de isonomia para competir no exterior. "Enquanto o governo brasileiro investe 2,5% do PIB em infraestrutura, o chinês investe 8%", disse.

Silva tem uma visão positiva sobre a alta do algodão, a maior em 140 anos, que já acumula valorização de 50% nos últimos meses. "A alta do preço do algodão é até boa, porque vai estimular o plantio no Brasil", disse.

Para 2011, a previsão é de cultivo de 1,1 milhão de hectares e de colheita de 1,5 milhão de toneladas, aumento de 40% em relação a este ano. "Sem dúvida é um preço histórico, mas a estabilidade do preço é mais importante do que o valor em si", disse o presidente.

Josué diz que a indústria terá de repassar a alta para o preço final dos produtos, mas não soube informar qual tem sido o reajuste médio nas tabelas da Coteminas. "O consumidor vai ter de compreender que os produtos vão refletir os novos preços da matéria-prima", avaliou.



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