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Empresas vão abolir o "segurês" das apólices

Veículo: Seguro em Pauta
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Depois de dobrar a participação do mercado segurador no Produto interno Bruto (PIB) para 3% nos últimos cinco anos, as seguradoras chegaram à conclusão que, para o próximo salto, será necessário melhorar o atendimento e a comunicação com o consumidor.

Uma das primeiras providencias será utilizar uma linguagem mais acessível. Conceitos considerados herméticos para a compreensão da média dos brasileiros como sinistro e premio estão prestes a ser abolidos dos folhetos e da publicidade dos seguros. Prêmio, que no jargão 'segurês' não significa um presente, mas sim uma conta a pagar, será substituído por expressões mais próximas como pagamento, contribuição, mensalidade. Sinistro, palavra que por si só remete a coisas ruins, na nova linguagem será substituída por acidente ou evento que gera indenização (morte, reembolso de despesas médicas, colisão).

Essa é uma das principais recomendações do comitê de Relações de Consumo da CN5eg. Composto por representantes da alta direção das 16 maiores seguradoras, o grupo já está desde o início do ano trabalhando no tema. O objetivo é ampliar a transparência e a proximidade com o consumidor, afirma Maria Helena Darcy de Oliveira, presidente do comitê. As mudanças vão começar pelo segmento de Vida e Previdência, porque é o produto que a clientela entende menos,acredita Maria Helena. O seguro mais conhecido e compreendido no Brasil é o de automóveis, que também será alvo de uma campanha, assim como o seguro Saúde.

A visão que o público tem do mercado segurador é distante, reconhece Maria Helena, que também é ombudsman da Icatu-Hartford. O comité montou uma agenda de trabalho cujo principal item será recomendar que toda venda de seguros venha acompanhada de uma espécie de roteiro rápido,no qual estejam destacadas,em letras grandes, as dez principais recomendações para cada tipo de seguro, entre elas aquilo que o contrato não cobre.

Maria Helena diz que a linguagem hermética das apólices de seguros é uma exigência do próprio regulador, a Susep, mas que isso também está em rediscussão. O clausulado é tão complexo que mesmo pessoas com nível superior demonstram incapacidade de compreensão do funcionamento do seguro, diz Fernando Bertasson, gerente de Varejo da Aliança do Brasil Seguros,também membro do comitê.

Uma grande conferência para discutir estas questões foi realizada em março,no Rio de Janeiro,e outra está programada, para os dias 10 e 11 de setembro, em São Paulo.



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