Os deputados dos Estados Unidos aprovaram por 348 votos a 79 uma legislação que permitirá ao Departamento do Comércio do país estudar a aplicação de tarifas sobre bens importados caso determine que as políticas cambiais do país de origem do produto equivalem a um subsídio. A medida, claramente dirigida à China, ressalta a frustração dos congressistas com o que consideram um esforço de Pequim para manter o iuane, a moeda chinesa, artificialmente desvalorizada.
Com o desemprego nos EUA pairando perto de 10% a aproximadamente um mês das eleições que renovarão um terço do Senado e toda a Câmara dos Representantes, tanto republicanos quanto democratas afirmaram ser inaceitável o efeito que o iuane fraco tem sobre o setor exportador norte-americano.
"Há muito tempo os chineses não estão jogando justamente na arena comercial internacional", afirmou o deputado democrata Jim McDermott, durante o debate sobre a medida. O deputado Dave Camp, principal autoridade republicana do Comitê de Meios e Recursos da Câmara, disse que o voto de hoje enviará uma mensagem para as autoridades chinesas e norte-americanas de que a situação atual não é aceitável. "A administração deve trabalhar para garantir que o assunto dos desequilíbrios globais - que incluem a política cambial da China - esteja em destaque na agenda do G-20 em novembro, em Seul", afirmou Camp.
O governo Obama recusou-se repetidas vezes a comentar sobre as propostas legislativas para lidar com a questão da política cambial chinesa por causa de receios com os potenciais efeitos que o apoio a essas propostas teria sobre as negociações com Pequim. Uma porta-voz do Tesouro afirmou que a decisão da Câmara ressalta as preocupações dos deputados e que, conforme defende a administração Obama, a "China precisa permitir uma apreciação significativa e sustentada".
Deputados dos EUA aprovaram lei que permitirá ao país estudar a aplicação de tarifas sobre bens de países que manipulam o câmbio.
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