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Fluxo cambial fica negativo em US$ 4,6 bilhões até 25 de junho

01/07/2010

Veículo: DCI
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Da Redação

Num cenário de maior volatilidade do mercado financeiro internacional e alta da percepção de risco dos investidores, a economia brasileira teve saída líquida de dólares de US$ 4,64 bilhões em junho até o dia 25. Muitos investidores procuraram ativos considerados mais seguros, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, mas a saída de dólares do País também está relacionada à remessa de rendas (lucros, dividendos e juros) e à despesa de empresas com pagamento de serviços no exterior.

Segundo dados do Banco Central (BC), o fluxo financeiro (que contabiliza investimentos estrangeiros em ações, títulos, remessas de lucros e dividendos) está negativo no período em US$ 3,12 bilhões e o fluxo comercial (que contabiliza o cambio para as importações e exportações) em US$ 1,51 bilhão.

Somente na semana passada, entre o dia 18 e o dia 25 de junho, houve uma saída líquida de US$ 1,1 bilhão. Se o fluxo cambial permanecer nesse patamar negativo até o fim do mês, será a maior saída de dólares desde dezembro de 2008, durante a crise mundial. Em 2010, o fluxo cambial ficou negativo apenas em fevereiro (US$ 399 milhões).

Para o ex-diretor do BC e atual economista-chefe da Confederação Nacional de Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, dados econômicos ruins divulgados na Europa e nos Estados Unidos pressionaram a saída de investidores O excesso de dinheiro que está circulando no mundo se direcionou para ativos mais seguros, avaliou. Ele classificou essa saída de dólares de pontual e nervosa.

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